A tarifa de importação da China aumentará sobre os produtos de carne suína no próximo ano, disse o Ministério das Finanças, nesta quarta-feira (15), depois que a produção doméstica do maior produtor mundial expandiu, reduzindo a necessidade de importação.
A China reduziu suas tarifas sobre a carne de porco congelada em 2020 de 12% para 8%, devido a um surto da doença que foi devastadora. O país contou com o aumento dos preços em diversos setores, principalmente dos preços domésticos da carne.
As importações atingiram um recorde e permaneceram em níveis elevados durante o primeiro semestre do ano, mesmo com recuperação do rebanho suíno e com os preços caindo abaixo do custo de produção do terceiro trimestre.
"Ajustar as taxas em tempo hábil pode ajudar a garantir o abastecimento e a estabilizar os preços no mercado doméstico, usando razoavelmente o mercado internacional", disse Zhu Zengyong, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas.
Com as taxas altas, as importações dos principais exportadores, como Estados Unidos e Espanha, caíram acentuadamente nos últimos meses. A China também é o maior importador da carne suína do Brasil, que enviou para o país asiático cerca de metade das suas exportações totais de janeiro a novembro.
"Qualquer aumento de impostos torna-o mais desafiador para os exportadores", disse Joel Haggard, vice-presidente sênior para Ásia-Pacífico da Federação de Exportação de Carne dos EUA.
Em outubro a chegada de carne suína caiu 40% em relação ao ano anterior, para 200.000 toneladas. Ainda que as importações tenham caído apenas 8% comparado ao ano passado, para 3,34 milhões de tonelada, de acordo com dados alfandegários.