O governador Ronaldo Caiado que recentemente aceitou o desafio do presidente Jair Bolsonaro para zerar o ICMS dos combustíveis, reagiu com indignação a uma nota divulgada nesta sexta-feira (7) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), em que a instituição questionou a vinda dos brasileiros que estão em Wuhan, na China, para Anápolis (GO), onde passarão por quarentena.
A resposta do governador de Goiás teve repercussão nacional, nos principais portais do país.
A cidade chinesa enfrenta um surto do conoravírus. Os brasileiros não são suspeitos de terem contraído o vírus, mas estavam em zona de observação sanitária.
O Governo Federal traz os brasileiros em um voo direto da China para o Brasil. Eles ficarão em observação na Base Aérea de Anápolis, unidade do Governo Federal.
Após a propositura de Goiás como destino inicial dos brasileiros, o governador Ronaldo Caiado e o prefeito de Anápolis Roberto Naves concordaram em apoiar o pedido de acolhida dos brasileiros como "gesto de solidariedade e responsabilidade com o próximo".
Caiado se indignou com o teor da nota assinada pelo empresário Sandro Mabel. No texto, o líder da FIEG diz que "é um desastre para o Estado" receber os brasileiros que estão na China.
Mabel pensa no lado econômico: para o empresário, a produção goiana pode ser "segregada".
Caiado respondeu:
" Estou na Base Aérea de Anápolis onde vamos fazer vistoria ao lado dos ministros da Defesa e da Saúde antes da vinda dos brasileiros da China. Fui informado da nota monstruosa assinada por Sandro Mabel. Chocou nosso Estado de Goiás a posição desse mercenário, canalha e desumano!".