A menina de 10 anos que teve 62% do corpo queimado veio a óbito na tarde de terça-feira (18/8). O acidente ocorreu no dia 1º de julho, quando a criança, que brincava com álcool para matar um carrapato na casa da avó materna, em Manaus, acendeu num copinho o fogo ocorrendo uma grande explosão que resultou em chamas, todo o corpo da pequena.
Marcella Souza Figliuolo Uchoa foi transferida e estava internada desde o dia 22 de agosto no Hospital de Queimaduras de Anápolis, a 55 km de Goiânia. A pequena manauara teve queimaduras profundas, de 3º grau, no tronco, pernas e braços.
De acordo com o pai, Marcello Figliuolo Uchoa, de 55 anos, a filha teve complicações respiratórias em decorrência do acidente. "Foi o pulmão. Ela se foi ontem, por volta das 17h", disse.
Marcello conta que apesar do quadro crítico da menina, ele e a mulher, Maria Claudiana de Souza, de 44 anos, conseguiram conversar com a filha no último sábado (15/8), quando ela apresentou uma leve melhora. “Apesar de ela estar levemente sedada, a gente conseguiu se comunicar com ela nesse dia, ela estava melhor”, comentou.
Ele ressalta que nunca esquecerá o apoio que a família recebeu em Goiás. "Fica aqui o nosso agradecimento a todos daqui, em especial ao pessoal de Anápolis, que desde o começo se dispôs a nos ajudar. Até ontem, tinha gente doando sangue para ela [Marcella], as pessoas nos acolheram muito bem", disse.
De acordo com o pai de Marcella, o enterro será realizado em Manaus (AM), cidade onde reside a maioria dos parentes. A previsão é que ele e a esposa realizem o traslado do corpo e embarquem para a cidade ainda nesta quarta-feira (19/8).
A família vivia em Indaiatuba, no interior de São Paulo. No entanto, a empresa onde Marcello trabalha como aeroportuário deu licença não remunerada aos funcionários como forma de amenizar os efeitos da crise. Assim, ele e a família decidiram passar um tempo em Manaus.