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Operação apura irregularidades na venda de terrenos públicos no DAIA

Nesta sexta-feira (23), a Polícia Civil deflagrou a Operação Aurantiaco, que investiga irregularidades na venda de terrenos públicos do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). Por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), ao todo, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Anápolis e Goiânia.

De acordo com a polícia, quatro funcionários públicos e quatro empresários são suspeitos de praticar crimes de alienação de bem público, associação criminosa, supressão de documento público, além de falsidade ideológica. Participaram da ação 62 policiais civis.

As informações preliminares apontam que a operação deflagrada nesta manhã seria um desdobramento de investigações anteriores relacionadas a vendas irregulares da Companhia e Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).

Anteriormente, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) instaurou um inquérito civil público para apurar supostas irregularidades praticadas pela Codego referentes ao contrato com a ETS Importação e Exportação, pertencente ao filho de Carlos Cachoeira, Matheus Henrique Aprígio Ramos, para aquisição de terrenos no Daia.

Na ocasião, a promotoria explicou que por estar sob controle acionário do Estado de Goiás, os contratos da Codego são sujeitos a licitação e, sendo assim, houve improbidade administrativa quando o contrato de venda foi firmado.

No entanto, a juíza Elaine Christina Alencastro Veiga Araújo, concedeu em julho, uma liminar que autorizava a manutenção do contrato entre a Codego e a ETS.

Operação Aurantiaco

Por sua vez, as recentes investigações apuram a alienação de terrenos públicos no Daia, que não cumpriram as devidas formalidades para dispensa de licitação.

Na compra que se iniciou em maio de 2017; a empresa informou que seria edificado um centro de distribuição e logística, com mudança do tipo de atividade da empresa de “industrial” para “comercial”, o que teria motivado a possibilidade de construção de um shopping.

Para Polícia Civil, há indícios de um esquema montado por uma empresa laranja para realização do contrato, com o consentimento de funcionários públicos da Companhia.

Na operação foram apreendidos documentos, computadores e eletrônicos que possam subsidiar os indícios levantados. Confira as imagens da operação:

Em nota, a Codego afirma estar à disposição da Polícia Civil e alega que revisará os contratos das gestões anteriores. “A atual direção da Codego preza pela transparência [...] Aliado a esse trabalho, a companhia investe na contratação de uma auditoria independente que executará uma ampla revisão dos procedimentos e contratos anteriores”, destaca.

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