Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro e o governador Ronaldo Caiado, em conversas mantidas durante o fim-de-semana, em Goiânia admitem alianças do PL e União Brasil para o pleito municipal de 2024 antes de aprofundar o debate sobre a sucessão presidencial para 2026.
Para Bolsonaro, o ideal seria o PL e o União Brasil discutir chapa conjunta para a disputa às prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e outras cidades, como antepasso para caminharem juntos à sucessão presidencial. “É preciso não espaço para a terceira via”, acrescentou.
Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para 2026 e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado coloca seu nome como alternativa do espectro da direita, que tem, também, Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ratinho Júnior (PR).
Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado tiveram dois encontros em Goiânia: sexta-feira (27), na abertura do Seminário Sobre Problemas Brasileiros, organizado pelo Instituto Harpia Brasil, dirigido pelo ex-deputado federal Major Vitor Hugo; sábado (28), tomaram café em uma padaria no Setor Oeste, na presença de lideranças políticas, entre elas o senador Wilder Morais.
Primeiro passo
Nas entrevistas que concedeu desde que chegou a Goiânia, na sexta-feira, Jair Bolsonaro bateu na tecla de proximidade do PL com o União Brasil em Goiás para as eleições municiais do ano que vem, “como primeiro passo para caminharem juntos na corrida ao Palácio do Planalto. “Vamos plantar agora para colhermos em 2026”, disse o ex-presidente aos jornalistas, se referindo à aproximação com Ronaldo Caiado.
Enquanto PL e União Brasil não abrem o diálogo, Bolsonaro estimula as pré-candidaturas dos deputados federais Gustavo Gayer à prefeitura de Goiânia e do Professor Alcides em Aparecida de Goiânia.
Por sua vez, o União Brasil de Ronaldo Caiado não se manifestou sobre as eleições em Goiânia e Anápolis. Em Aparecida de Goiânia, há uma tendência por apoio à reeleição do prefeito Vilmar Mariano (MDB).
Quer apoio
Em entrevista ao portal Metrópoles, o governador Ronaldo Caiado admitiu que, caso seja consolidado o seu projeto de concorrer ao Palácio do Planalto, vai buscar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se eu tiver sucesso em uma candidatura, se eu for indicado, é lógico que vou buscar o apoio dele [Bolsonaro]“,
leições de 2022
Jair Bolsonaro (PL) afirmou) que 2022 foi “um desastre”, mas que hoje ele considera tudo “página virada”, ao participar, sábado (28), em Goiânia, de encontro do PL Mulher, coordenado pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. “Quis Deus me dar segunda vida e quatro anos de presidente da República. Houve um desastre no ano passado. Ninguém entende o que aconteceu, mas vamos considerar página virada. Vamos continuar lutando pelo nosso Brasil. Temos um legado”, discursou Bolsonaro.
Michelle dirigiu um evento político com várias referências religiosas no Centro de Convenções de Goiânia (GO). Ela disse que o marido foi “um homem que não perdeu as eleições”. E continuou: “Um homem que elegeu a maior bancada conservadora do congresso. Ele é um homem vitorioso.”
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, já havia afirmado que “essa esquerda ganha eleições sabe-se lá como”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 60,3 milhões de votos e venceu Bolsonaro, que obteve 58,2 milhões de votos, na disputa de 2022. Nenhuma fraude foi comprovada.
No final do evento, Jair Bolsonaro apareceu e deu uma palavra rápida para as militantes do PL, mencionando que era preciso avançar para as eleições municipais de 2024 e a disputa de 2026
É quinta vez que Jair Bolsonaro visita Goiás este ano. Ele recebeu título de cidadão oferecido pela Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado Fred Rodrigues (Democracia Cristã). Durante o seu governo, Bolsonaro esteve no Estado por 30 vezes para participar de eventos oficiais e particulares.
Bolsonaro apoia Gayer e Alcides e descarta Vanderlan Cardoso
Enquanto os partidos não sentam à mesa para discutir chapas conjuntas, alianças e coligações, o ex-presidente Jair Bolsonaro estimula as candidaturas do Partido Liberal às prefeituras goianas. Em Goiânia, ele esteve ao lado do deputado federal Gustavo Gayer em visita a uma feira no Jardim América, na noite de sexta-feira.
No sábado, Bolsonaro compareceu ao aniversário do deputado federal Professor Alcides e participou do lançamento da pré-candidatura do parlamentar à prefeitura de Aparecida de Goiânia.
Bolsonaro se reuniu também com o ex-deputado estadual Lissauer Vieira, pré-candidato do PL à prefeitura de Rio Verde.
O ex-presidente conversou com o vereador Hélio Araújo, que pretende concorrer à prefeitura de Anápolis pelo PL. Naquela cidade, o PL bolsonarista conversa com o Republicados do prefeito Roberto Naves para formação de chapa conjunta.
Sem Vanderlan
Ressentido com o comportamento do PSD no Senado Federal, o ex-presidente descartou aliança do PL em apoio à pré-campanha de Vanderlan Cardoso à prefeitura de Goiânia. O senador esteve no palanque do Major Vitor Hugo na disputa ao governo de Goiás e de Wilder Morais para o Senado em 2022. Izaura Cardoso, mulher de Vanderlan, é a primeira suplente de Wilder Morais. “É difícil aproximação do PL com o PSD devido a comportamento servil”, disse o ex-presidente.
Mesmo convidado, Vanderlan Cardoso não participou do seminário sobre Problemas Brasileiros, organizado pelo Instituto Harpia Brasil, presidido pelo ex-deputado Major Vitor Hugo e que contou com as presenças do ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador Ronaldo Caiado.
Mulheres sem cota
No encontro organizado pelo PL Mulher, Jair Bolsonaro estimulou as mulheres a entrarem para a vida pública e concorrer a cargos públicos. Ele quer presença forte das mulheres na chapa do partido para a disputa de prefeito e vereador em Goiás. Ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foi a estrela do encontro do PL Mulher.
Bolsonaro criticou as cotas femininas. “O PL Mulher tem aparecido. As mulheres se interessam pela política pela sua capacidade, vontade de servir, e não por cotas, porque não deve ser dessa maneira.”
Mais uma vez, Bolsonaro disse não cometeu nenhum crime eleitoral para o TSE torna-lo inelegível para 2026. “É prerrogativa do presidente da República se reunir com embaixadores. Foi um absurdo a decisão do TSE me retirando do processo eleitoral de 2026”.
