Já ouviu aquela frase bem clichê: “Nunca desista dos seus sonhos”? Por muito tempo a ouvi sem me incomodar muito, mas com minha experiencia de vida, clinica e junto a psicanalise fui tomando um certo repúdio (será exagero?) por ela. O motivo é algo muito simples de ser pensado, pois quando você teve aquele sonho há 2, 5 ou 10 anos atrás você era uma pessoa bem diferente da que você é hoje. Compreende?
Nada mais qualifica o ser humano como um ser em constante mudança e evolução – e que bom por isso. Pensamos e (re)pensamos sobre o mesmo assunto várias vezes, e isto não te classifica como um ser fluído e sem personalidade, muito pelo contrário te coloca com alguém desejante e que busca o que lhe faz sentido.
Ao contrário da mudança é a estaticidade, tal qual como uma pedra e isto não é saudável mentalmente. Falar de saúde mental é se abrir a possibilidades e flexibilidade. Se colocar no caminho e estar aberto às curvas pelas quais ele pode te levar é salutar para um respiro de qualidade humana e mental.
Então, por isso mesmo não desistir nunca dos seus sonhos parece algo de prisão e de negação do que somos de fato: ser humano desejante e aberto sempre ao novo.
O contrário disto é fácil de ser observado, quando por uma rigidez desumana e violenta consigo mesmo não se permite olhar além da caixa, abrir a janela um pouco mais, se perguntar por que da dor de fazer o que se faz; e ainda mais onde a palavra mudança e flexibilidade não faz parte do vocabulário. E toda esta rigidez violenta faz sofrer e muito, e pelo fato de nunca poder mudar, pois sempre foi assim e sempre será.
E você como tem se portado diante da sua vida e principalmente de suas dores e angústias? Tem permitido ao menos se questionar sobre seus caminhos escolhidos e desejos bancados? Ou o “sempre foi assim” tem falado mais alto na sua existência, inclusive diante das dores e pesos carregados?
A leveza vem exatamente deste ponto de se permitir poder olhar além, ir um passo a mais, ou inclusive, se preciso for, recuar e voltar àquele ponto de partida. Este é o ritmo da existência humana.
Ande, pare, recue, mude de caminho, volte, corra, desista ou comece algo bem diferente – Ou seja, se permita ser apenas gente, e isto é muita coisa.
Como nos faz pensar o filosofo Heráclito de Éfeso: “ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras.” Reflita sobre isso!
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