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Fintech: Uma lição aqui de Goiás para o Brasil

Segurança e a transparência não devem ser apenas complementos à inovação, mas seu alicerce


		Fintech: Uma lição aqui de Goiás para o Brasil
— Divulgação

Nos últimos anos, as fintechs se consolidaram como protagonistas da transformação digital no setor financeiro brasileiro. Elas trouxeram agilidade, acessibilidade e inovação, redefinindo a forma como empresas e pessoas gerenciam seus recursos. No entanto, a expansão acelerada também atraiu desafios, principalmente em relação à segurança e ao cumprimento das normas regulatórias. A recente Operação Concierge, que revelou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro envolvendo fintechs, reforça a importância de critérios sólidos para escolher parceiros financeiros confiáveis.

Em meio a esse cenário, uma lição valiosa. A segurança e a transparência não devem ser apenas complementos à inovação, mas seu alicerce.

Um dos primeiros fatores que o usuário deve observar ao escolher uma fintech é a conformidade com os reguladores financeiros. É preciso seguir todas as diretrizes impostas pelo Banco Central e pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), garantindo que cada operação esteja dentro das exigências legais. Essa aderência às normas, além de assegurar a estabilidade das transações, é um escudo contra fraudes e irregularidades que podem causar grandes danos ao cliente.

A operação de qualquer fintech de confiança passa por um compromisso irrestrito com a legalidade. Caso contrário, a suposta inovação pode rapidamente se transformar em armadilha, como evidenciado pelos casos recentes de fintechs que não seguiram esse caminho e estão agora no centro de investigações.

A conformidade com as normas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD) é outra garantia indispensável. Empresas responsáveis adotam políticas rígidas e contínuas para detectar e evitar práticas ilícitas. Por aqui (Goiânia), na Valori treinamos anualmente todos os líderes em práticas de PLD, um compromisso que vai além das exigências regulamentares. Ao garantir essa qualificação constante, as empresas reforçam seus compromissos com a segurança do sistema financeiro e com seus clientes.

O monitoramento contínuo das transações e a análise criteriosa de riscos são práticas que proporcionam a tranquilidade de que cada operação está sendo acompanhada com rigor, garantindo que nenhuma irregularidade passe despercebida.

A promessa de maior facilidade e menos burocracia que caracteriza as fintechs é tentadora, mas precisa estar ancorada em um sistema tecnológico robusto. O uso de ferramentas avançadas de gestão de risco e segurança é essencial para garantir que a inovação tecnológica esteja sempre acompanhada de solidez. Na Valori, por exemplo, utilizamos a liquidação centralizada de todas as ordens de crédito e débito por meio da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Isso assegura que todas as transações sejam processadas de forma rápida e segura, oferecendo aos clientes a confiança de que estão operando em um ambiente digital protegido.

Além disso, as transações são registradas na Central de Recebíveis (CERC), a maior infraestrutura de recebíveis do Brasil, garantindo controle absoluto e transparência em cada operação financeira.

Transparência como princípio inegociável
A confiança em uma fintech deve estar respaldada pela transparência de suas operações. Empresas que se destacam no setor financeiro adotam uma postura clara e objetiva em relação a suas práticas e ao modo como conduzem os negócios. É preciso adotar um sistema rigoroso de compliance, comunicando todas as suas operações aos órgãos reguladores e garantindo que seus clientes tenham total visibilidade sobre suas transações.

A recente Operação Concierge expôs os riscos de fintechs que não priorizam a conformidade e a segurança. No entanto, por aqui, em Goiânia, seguimos todas as diretrizes com seriedade e compromisso, mostrando que é possível combinar inovação com segurança. A escolha de uma fintech deve ser guiada, antes de tudo, pela confiança na solidez de seus processos e pela segurança das transações. Para o setor financeiro continuar evoluindo, é fundamental que a inovação caminhe lado a lado com a responsabilidade. E é exatamente isso mostramos ao País.

*Luiz Felipe Campos Soffarelli - Diretor de Teconologia da fintech Valori

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