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Dia dos namorados chegando e o amor está no ar. Mas nem todo mundo estará acompanhado nessa data comemorativa, que além de inspirar muitos corações, movimenta o comércio.
Aliás, quando pergunto aos adolescentes e jovens que atendo se têm namorado ou namorada, muitos dizem que não. Os relacionamentos estão cada vez mais fluidos e com menos compromisso.
Ficantes de uma noite, amizades coloridas, sexo casual, sexo virtual, parceiros múltiplos e múltiplas experiências movimentam os relacionamentos.
E mesmo nos relacionamentos com compromisso, novas formas de amar, que colocam a monogamia em xeque, surgem a cada dia. Poliamor, relacionamentos abertos e práticas como Swing têm sido cada vez mais comuns.
Ainda vivemos numa sociedade conservadora, onde a maioria arregala os olhos quando falamos das diferentes formas de amar. Estima-se que muito em breve, os relacionamentos heteroafetivos tradicionais serão a minoria.
Para cada modelo de relacionamento, tradicional ou não, se faz importante um contrato explícito, seja ele verbal ou escrito. Não temos esse hábito e acabamos fazendo um contrato implícito. É comum nos relacionamentos tradicionais, sobretudo heteroafetivos, deduzirmos que o outro só pensa em mim e não tem atração por mais ninguém. Isso pode não ser verdade. E no dia que o outro descobre que posso sim me sentir atraída por outras pessoas, isso pode ser considerada uma traição. Aliás, traição é um assunto que “dá pano pra manga” e pode ser diferente pra uma ou outra pessoa. Isso reforça a necessidade de conversarmos sobre o assunto e estabelecermos esse contrato, deixando claro o que é ou não permitido no relacionamento.
Por incrível que pareça, pessoas em relacionamentos que fogem ao tradicional costumam conversar mais sobre o que aceitam ou não nesse relacionamento.
E nas minhas reflexões sempre me pego pensando: “o que muda na minha vida se meu vizinho resolveu viver uma experiência poliamorosa?” Não muda absolutamente nada! E ao invés de julga-lo posso, simplesmente, deixar que ele viva de acordo com as suas escolhas. Se o colega de trabalho é gay e vive feliz com o namorado ou marido, também não muda nada na minha vida. Se as pessoas gastassem mais tempo focadas na vida delas, pensando nos seus projetos, aí sim, mudariam e muito a própria vida.
Outro aspecto que chama a atenção é a construção cultural de que precisamos de uma parceria para sermos seres realizados na vida. E aí é frustrante passar um dia dos namorados sozinhos. Será que é assim mesmo?
Enquanto escrevo esse texto e penso nesse dia dos namorados, minha cabeça de sexóloga vibra com um turbilhão de ideias para todos os gostos!!!
Se você não tem parceria no momento, será uma boa oportunidade de curtir a própria companhia e preparar um momento especial para você. Sabe aquele momento dos sonhos, uma banheira, um quarto de hotel só pra mim e sem ninguém pra me interromper? Ou quem sabe uma tarde num spa, com direito a massagem e ofurô? Mas ainda posso ver um filme, em casa ou no cinema, com um delicioso saco de pipoca. Eu já fui ao cinema sozinha no dia dos namorados, e foi ótimo!
Mas, se você é do tipo que ainda não aprendeu a apreciar a própria companhia e prefere ter alguém por perto, pode combinar com alguns amigos de passarem esse dia juntos! Uma boa conversa, uma boa comida pode ser muito prazerosa.
Para aqueles que têm uma parceria, que tal escaparem dos restaurantes lotados e cozinharem juntos, algo leve, que não atrapalhe o momento que virá depois?
Você pode optar por pratos semiprontos e fáceis de fazer. Um bom vinho e uma boa conversa, regada de muito carinho. Toques, chamego, lambidas e mordiscadas. Muito estímulo pra esse momento especial!
E pra quem vive a três, quatro, cinco, organizem com carinho esse momento, ouvindo todas as sugestões.
E aí vão algumas dicas que valem pra todo mundo, pois o dia dos namorados pode ser uma data bem democrática:
1 - Crie uma playlist para o momento ( E escute em casa, no carro, no hotel ou no motel. Não importa onde será o seu dia dos namorados, se sozinho ou acompanhado)
2- Faça uma lista de 3 coisas que você gostaria de ter ou fazer nessa comemoração (E se tiver parceria, peça que faça uma lista também)
3- Se vai rolar sexo, experimente novas práticas como por exemplo as práticas Gouinage, que são práticas não penetrativas! Nosso cérebro gosta de novidade! Aumente seu repertório sexual.
E não se esqueça, sozinho ou acompanhado é possível aproveitar todos esses momentos, pois afinal “O Prazer é todo seu”
