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Na última semana um vídeo da influencer Amanda Diaz Rojas viralizou nas redes ao mostrar a mesma sendo retirada do avião em que se encontrava, num vôo nos EUA, depois que sua mala de mão começou a vibrar e fazer um barulho estranho. Imagina o susto, já que americanos são extremamente cautelosos e estão sempre atentos quanto à possibilidade de bombas e ataques terroristas. Mas dessa vez o que estava na mala era algo bem diferente de uma bomba: um vibrador!
Constrangida com o fato, a influencer teve que pegar a sua mala, ir até o finger e abrir a mesma para que os comissários constatassem o que estava vibrando tanto! Eu já estou morrendo de rir aqui só de imaginar a cena, imagine os comissários.
Mas, com tanto tabu que envolve a sexualidade, não deve ter sido fácil para Amanda revelar sua intimidade e ainda os passageiros de um avião inteiro ficarem sabendo o que ela levava na mala. Eu confesso que, como sexóloga, fiquei foi curiosa pra saber que modelo de vibrador ela levava!
Por um bom tempo era proibido transportar vibradores na mala em alguns Estados americanos e eram tidos como objetos obscenos. Hoje, o transporte da maioria dos apetrechos sexuais é permitida na bagagem de mão ou despachada, de acordo com as regras da Administração para Segurança dos Transportes (TSA, na sigla em inglês), mas ainda assim podem ser motivo de nova conferência.
No Brasil, existe um decreto-lei antigo que proíbe a entrada no país de mercadorias "atentatórias à moral e aos bons costumes" na bagagem dos viajantes que voltam do exterior. Os vibradores podem ser incluídos nessa lista, mas não são mencionados explicitamente. Segundo o artigo 714 do Decreto Aduaneiro (6.759/2009), a multa para quem tentar entrar no Brasil com produtos do tipo é de R$ 1.000. E pelo fato de não estar explícito o que seja um objeto que atenta contra a moral e os bons costumes, o julgamento ficará por conta do fiscal da Receita, sendo muito aleatório. Segundo a Receita Federal, os objetos são apreendidos quando se comprova que são para venda e não para uso pessoal.
Em 2020, a ex BBB Marcela McGowan passou pelo mesmo constrangimento que Amanda quando estava indo para o Rio de carro gravar uma Live sobre vibradores. O motorista ouviu um barulho diferente e perguntou se era o celular de Marcela. Na verdade era um dos seus muitos brinquedinhos vibrando na necessaire que estava dentro da mala. Ela se fingiu de desentendida e deixou o brinquedo lá vibrando até acabar a bateria.
Eu também ja vivi uma situação engraçada ao ter um vibrador ligando na hora errada e no local errado. No meu caso, não foi dentro do avião, mas no saguão de um prédio comercial. Fui gravar um episódio do Podcast “Elas Dizem”, com Bartiria Rocha e levei uma sacola cheia de brinquedos eróticos. Na hora de fazer o cadastro na recepção do prédio, coloquei a sacola no chão e ela começou a vibrar. Fiz de conta que nem tinha visto e como estava barulhento o local, ninguém percebeu.
O problema foi quando entrei no elevador. Com o ambiente fechado e pouca gente, o barulho da vibração se tornou perceptível. Fiz cara de paisagem e não perceberam que o barulho estava vindo da minha sacola. O povo olhava pra cima, tentando entender de onde vinha o barulho e com medo do elevador cair.
Foi cômico, gente! Eu me segurando pra não rir! E até hoje morro de rir quando lembro do dia em que o vibrador assustou o povo no elevador. Só fui verificar qual dos meus brinquedos estava assanhado e vibrando, quando cheguei ao estúdio de gravação: era a “varinha mágica”, um brinquedo bem interessante, que pode ser usado para homens e mulheres!
Os vibradores e outros acessórios sexuais têm sido cada vez mais usados e a ciência tem mostrado seus benefícios para o autoconhecimento, aumento do repertório sexual do casal e como coadjuvante no tratamento de disfunções sexuais. A classificação como um objeto obsceno dependerá do país, da cultura e da época.
Para muito gente pode realmente ser muito constrangedor passar por essas situações que envolvem hábitos sexuais.
Por isso, se for viajar com seu vibrador na mala (e eu sempre carrego os meus!), certifique-se das regras do país para onde você está indo e valem algumas dicas:
1- Retire as pilhas do vibrador se ele for à pilha
2- Use a trava de segurança- Muitos modelos de vibradores de grandes marcas, têm travas de segurança justamente para você não passar por esses
constrangimentos.
3- Se pedirem para abrir a mala, abra naturalmente e esteja segura(o) de que o direito à vivência de uma sexualidade saudável é um direito humano básico e previsto em Lei.
Hoje, a maioria das pessoas têm muita curiosidade sobre os sextoys ( brinquedos sexuais), mas muita gente tem vergonha e não tem coragem de ir a um sexshop e isso inclui também os comissários de vôos.
O formato variado e divertido dos sextoys pode fazer com que eles passem desapercebidos e pareçam mais um brinquedo qualquer, do que um brinquedo sexual.
Viva, divirta-se e vibre boas energias por onde você vá, dentro e fora da mala! Afinal, o prazer é todo seu!
@drajoicelima
