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Existe Vida Sexual depois dos Filhos?

O nascimento dos filhos pode trazer um distanciamento sexual do casal. Como resolver isso?

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Sempre aprendemos, principalmente as mulheres, que o nascimento de um filho é o momento mais importante e incrível da vida. E, apesar, de todo o amor experimentado por uma mulher quando se torna mãe, nem sempre esse momento é tão maravilhoso assim. Ao contrário, a maternidade por ser bem conturbada e trazer uma sobrecarga para a mulher e para o casal.

Noites mal dormidas, cansaço, irritação e um bebê que eu costumo dizer: “Não vem com manual de instrução, não tem botão de desliga, a pilha é Duracell e não aceita devolução", pode comprometer a vida sexual do casal.

As mudanças no relacionamento já começam lá na gestação, desde a notícia da gravidez.

Se foi uma gravidez planejada, os dois comemoram juntos a notícia de um beta-HCG positivo ou os 2 risquinhos no teste da farmácia.


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Se não foi uma gestação planejada, ou se um queria muito e o outro não, quem não queria se sente traído e se afasta da parceria. Isso geralmente compromete e muito a vida sexual desse casal.

Quando uma mulher está grávida, alguns homens param de procurá-la para o sexo por 2 motivos principais:

- Medo de machucar o bebê na hora da relação,

- Mudam a visão erótica que tinham da parceira e passam a associar a imagem dessa mulher grávida com a imagem da “Virgem Maria” que era pura e casta. E não dá pra se imaginar transando com essa mulher.

Infelizmente, esse distanciamento do casal poderá atrapalhar a intimidade e trazer graves consequências para a sexualidade dos mesmos.

Mas como equilibrar tudo isso, adaptar-se à nova rotina e ainda ter vida sexual?

1- A decisão de ter um filho precisa ser uma decisão conjunta. Um filho é um dos maiores projetos em comum de um casal. Conversem sobre esse desejo e escolham o melhor momento para se tornarem pais.

2- Gestação não é doença, apesar de trazer muitas mudanças e alguns sintomas indesejáveis para a maioria das mulheres, como por exemplo as náuseas e vômitos, comuns nos 3 primeiros meses. Ser compreensivo e cuidar dessa mulher nesse momento é fundamental. Esteja junto com ela.

3- Mesmo quando as relações sexuais precisam ser suspensas na gravidez por risco de parto prematuro ou sangramentos, é possível manter a intimidade através de abraços, beijos e outras carícias que alimentam e fortalecem a sexualidade do casal. Sexualidade não é só relação sexual, é carinho, é afeto, é cuidado com o outro.

Práticas sexuais não penetrativas, como sexo oral e masturbação simultânea podem ser liberadas a depender de cada caso e do grau de repouso exigido para o momento.

4- Sua mulher não é a “Virgem Maria”. Ela só tem agora um novo papel, o de mãe. É natural no decorrer da vida assumirmos novos papéis. Começamos como filhos, irmãos, e assim vai. Essa mulher, além de mãe, continua sendo namorada, esposa, mulher e amante. Enxergar esses diferentes papéis e poder vivenciá-los é muito importante. A sexualidade é um dos quatro pilares para a qualidade de vida e traz bem estar e felicidade para o casal, o que irá refletir no clima desse lar. Esse clima é muito importante para o desenvolvimento emocional saudável desse bebê. Pais em sintonia trazem segurança para o bebê e desenvolvem o que chamamos de “Apego Seguro”.

5- Cuidar de um bebê é um grande desafio, que demanda tempo e energia. Essa nova mãe precisa de ajuda. Criar uma rede de apoio faz toda a diferença e não sobrecarrega essa mulher e assim ela estará mais disposta para o sexo. Quem pode fazer parte dessa rede de apoio? O novo pai pode e deve participar ativamente desses cuidados com o bebê. Avós, tios e uma babá também são bem vindos nesse momento. E algumas mães que acham que têm que dar conta de tudo sozinhas, precisam abrir espaço para receberem ajuda e entenderem que não são “Mulher Maravilha”. Aceitar ajuda é muito bom, não sobrecarrega e ainda permite que o bebê estreite seus laços também com outros membros da família.

6- Cultivem o relacionamento tendo pequenos momentos que são só de vocês. Isso pode ser feito em casa mesmo, Bebê dormiu, tomem um vinho juntos ou que seja um suco, mas façam algo juntos pra vocês. Nessa hora a rede de apoio pode ajudar e vocês podem até dar uma saída para um restaurante ou cinema.


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7- Os hormônios ficam meio bagunçados na gravidez e no pós parto. É comum, por conta disso e também por conta do cansaço nos cuidados com o bebê, o desejo sexual estar diminuído nos 6 primeiros meses pós parto. Os estudos mostram que as mulheres que recebem mais carinho e cuidados nessa fase, têm um retorno mais rápido do desejo sexual do que aquelas que ficam abandonadas pelos companheiros.

8- O ressecamentos vaginal pós parto pode trazer dor nas relações e fazer com que essa mulher não queira sexo. Isso tem solução através do uso de cremes vaginais que são hidratantes ou lubrificantes. Uma outra solução rápida e maravilhosa é a aplicação de Laser Vaginal. O Laser estimula a produção de colágeno e melhora a lubrificação. Sexo precisa ser prazeroso e não doloroso.


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9- Privacidade para o sexo é fundamental. Um bebê dormindo junto com o casal pode ser um grande empecilho. Esse bebê precisará ter o quarto dele ou o casal terá que ter outros ambientes na casa para os momentos eróticos. Os sons que emitimos durante o ato sexual, podem ficar gravados nesse cérebro infantil e muitas vezes são interpretados como sofrimento. Isso pode, futuramente, interferir na vida sexual dos nossos filhos. Portanto, estejam só vocês dois quando o sexo estiver rolando. Se for preciso, criem o quarto do sexo.

10- O corpo dessa mulher mudou na gravidez e ainda estará diferente no pós parto imediato. Leva tempo para perder peso. Não é preciso um corpo perfeito para um sexo gostoso. Explorem as diferentes sensações que esse corpo produz independente de como esteja seu formato.

Mulheres engordam na gravidez e os homens também ganham aquela barriguinha à medida que envelhecem. E tudo bem! Precisamos cuidar da saúde, mas também entender que não temos que ter corpos perfeitos para sermos sexualmente realizados. Uma pegada gostosa é possível com qualquer corpo.

11- Diálogo jamais pode ser deixado de lado. Conversem sobre os desafios desse novo momento. Maternidade, paternidade, medos, frustrações, dificuldades, rearranjo financeiro, expectativas. Escutem e falem sobre como estão se sentindo. Nem tudo são flores e vocês são gente!

E eu desejo, do fundo do meu coração que vocês vivam uma sexualidade linda com e apesar de terem filhos, pois a nossa sexualidade só termina com a nossa morte!

Até lá aprenda a adaptar-se aos seus novos papéis e continue desfrutando da vida com muito PRAZER! Afinal, O PRAZER É TODO SEU!

E se quiser falar comigo, me escreva no @drajoicelima

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