
A sexualidade é um campo vasto, onde o prazer e a intimidade podem trazer muitas possibilidades e a ousadia pode ser um tempero essencial para manter a chama acesa. Mas será que existe um limite para essa ousadia?
No Opinião em Debate que foi ao ar no dia 27/02 na PUC TV (Canal 24.1), o jornalista e apresentador Rosenwal Ferreira e os convidados Dr Luiz Gonzaga Pinto, psicólogo e sexólogo e Dra Joice Lima, ginecologista, sexóloga e terapeuta sexual falaram do tema sem tabus e trazendo muitas reflexões relevantes.
Eles afirmaram que o limite é estabelecido pelo consentimento , pelo respeito e pelos desejos de cada parceiro envolvido.
“É preciso entender o que é ousado para cada pessoa. Isso muda de uma pessoa para outra. O que é ousado pra mim pode não ser pra você”, afirma Drª Joice Lima.
O jornalista e apresentador Rosenwal Ferreira comentou sobre o aumento no número de pessoas que têm frequentado casas de Swing e se essa troca de casais traria problemas para o relacionamento.
Segundo Dr Luiz Gonzaga Pinto, práticas como o Swing precisam ser muito bem conversadas entre o casal e nunca propostas num momento em que um casal está em crise, pois essas atitudes não vão salvar relacionamentos e podem até piorar relacionamentos que já estão em crise. Esses casais podem ir para apenas assistirem e não necessariamente participarem das trocas de casais.
Rosenwal questionou ainda sobre o Ménage à trois e Drª Joice reforçou a importância dessa conversa franca entre os envolvidos sobre os desejos e limites de cada um. E deixou como dica a realização dessa prática primeiro como uma fantasia só entre o casal, podendo trazer um Sextoy para representar essa terceira pessoa e sentir como esse casal reage à fantasia, para só depois colocá-la em prática.
Os sextoys também foram outro tema debatido pelos convidados que reforçaram sua importância e indicações atualmente validadas pela ciência. Eles são indicados em 3 situações principais:
1-Para promover o autoconhecimento
2-Para incrementar o repertório sexual dos casais, sobretudo em relacionamentos longos.
3-Como auxiliares no tratamento de diversas disfunções sexuais.
E ficam aqui alguns pontos importantes quando pensarmos em alguma prática sexual mais ousada:
O consenso como base
A
principal regra para qualquer prática sexual, ousada ou não, é o consentimento. Todas as pessoas envolvidas precisam estarem de acordo e abertas à experiência, se sentirem confortáveis e sem constrangimento. Qualquer prática que gere desconforto, constrangimento, dor não consensual ou ultrapasse os limites previamente discutidos pode transformar a ousadia em algo prejudicial.
A importância do diálogo
Conversar abertamente sobre desejos e limites é fundamental. A própria percepção do que é ousado, muda de uma pessoa para outra. Isso pode variar também com o tempo e a intimidade do casal. Criar um ambiente seguro para expressar vontades e receios fortalece a relação e evita situações desconfortáveis.
O respeito ao próprio corpo e ao do outro
A ousadia não deve comprometer a saúde física ou emocional. Algumas práticas podem exigir preparo, conhecimento e segurança. Estar atento ao uso de proteção contra ISTs e gravidez. A compreensão dos riscos envolvidos em determinadas experiências são essenciais para que o prazer não se transforme em arrependimento.
Podemos concluir que a ousadia no sexo não tem um limite universal, mas sim um limite individual e negociável entre os parceiros. O grande segredo é encontrar esse equilíbrio entre desejo, respeito e segurança, permitindo que a intimidade se desenvolva de forma prazerosa e satisfatória para todos os envolvidos.
Assista o programa completo na PUC TV (CANAL 24.1 695 NET HD) ou pelo YouTube OPINIÃO EM DEBATE.
Para falar comigo @drajoicelima
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