Redação é algo que sempre nos pega, não é verdade? Desde a escola, até os vestibulares, o Enem e concursos públicos, vez ou outra aparece aquela dúvida sobre a escrita. Não se assuste se você também tem esse receio, pois é algo muito comum (até mais do que deveria ser)!
Para começar, vamos falar de redação para concursos públicos? Embora boa parte desses certames optem pela famosa dissertação, isso não é regra! Já vi alguns exigirem que o candidato fizesse um artigo de opinião (que não é o mesmo que a dissertação), a análise de um texto e, até mesmo, uma explicação legislativa sobre um caso dado (essa me impactou muito, confesso).
Contudo, independente do gênero textual que se peça, o que mais vejo são três grandes problemas que excedem a norma gramatical que tanto amedronta as pessoas: conteúdo, estrutura e poder de síntese. O conteúdo é a base para o desenvolvimento do qualquer texto! Sem o conhecimento geral e específico sobre o assunto, provavelmente você terá um texto considerado mediano. Textos medianos são aqueles que a maioria da população consegue fazer, logo, faz com que você seja eliminado de um concurso.
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O segundo se relaciona à estrutura. Por incrível que pareça, embora todo mundo (ou quase todo mundo) entenda que um texto se subdivida em introdução, desenvolvimento e conclusão, poucos sabem, de fato, estruturar cada uma dessas partes, misturando elementos do desenvolvimento na introdução, na conclusão, ou ainda nem apresentando uma introdução de fato. (Isso é corriqueiro demais!)
O terceiro item é o poder de síntese. Não se trata de nada mirabolante, mas que exige um bom nível de conhecimento do tema e, claro, da língua portuguesa. Sem dominar o assunto e gramática, torna-se quase impossível diminuir (sintetizar) uma ideia sem provocar prejuízo em seu entendimento (a temida coerência). É o seu caso? Espero que não, mas, se for, não se desespere, isso não é um bicho de sete cabeças!
Texto: Renato Dering
Professor e Pesquisador na área de Letras, com Pós-Doutorado em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG e Doutorado pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Possui artigos e capítulos publicados, bem como participa de eventos acadêmicos, sendo um dos últimos o Encontro Mundial sobre Ensino de Português, em Harvard (EUA). É CEO do Instituto Dering, que oferta cursos e eventos na área de educação e língua portuguesa.