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RENATO DERING

Você também comete esses erros em sua redação?

Boa parte das pessoas, embora conheçam os elementos para uma boa redação, acabam caindo na armadilha de não saber como usá-los.

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Redação é algo que sempre nos pega, não é verdade? Desde a escola, até os vestibulares, o Enem e concursos públicos, vez ou outra aparece aquela dúvida sobre a escrita. Não se assuste se você também tem esse receio, pois é algo muito comum (até mais do que deveria ser)!

Para começar, vamos falar de redação para concursos públicos? Embora boa parte desses certames optem pela famosa dissertação, isso não é regra! Já vi alguns exigirem que o candidato fizesse um artigo de opinião (que não é o mesmo que a dissertação), a análise de um texto e, até mesmo, uma explicação legislativa sobre um caso dado (essa me impactou muito, confesso).

Contudo, independente do gênero textual que se peça, o que mais vejo são três grandes problemas que excedem a norma gramatical que tanto amedronta as pessoas: conteúdo, estrutura e poder de síntese. O conteúdo é a base para o desenvolvimento do qualquer texto! Sem o conhecimento geral e específico sobre o assunto, provavelmente você terá um texto considerado mediano. Textos medianos são aqueles que a maioria da população consegue fazer, logo, faz com que você seja eliminado de um concurso.

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O segundo se relaciona à estrutura. Por incrível que pareça, embora todo mundo (ou quase todo mundo) entenda que um texto se subdivida em introdução, desenvolvimento e conclusão, poucos sabem, de fato, estruturar cada uma dessas partes, misturando elementos do desenvolvimento na introdução, na conclusão, ou ainda nem apresentando uma introdução de fato. (Isso é corriqueiro demais!)

O terceiro item é o poder de síntese. Não se trata de nada mirabolante, mas que exige um bom nível de conhecimento do tema e, claro, da língua portuguesa. Sem dominar o assunto e gramática, torna-se quase impossível diminuir (sintetizar) uma ideia sem provocar prejuízo em seu entendimento (a temida coerência). É o seu caso? Espero que não, mas, se for, não se desespere, isso não é um bicho de sete cabeças!

Texto: Renato Dering

Professor e Pesquisador na área de Letras, com Pós-Doutorado em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG e Doutorado pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Possui artigos e capítulos publicados, bem como participa de eventos acadêmicos, sendo um dos últimos o Encontro Mundial sobre Ensino de Português, em Harvard (EUA). É CEO do Instituto Dering, que oferta cursos e eventos na área de educação e língua portuguesa.

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