Pelo menos 14 trabalhadores que se encontravam em condições análogas à escravidão em uma fazenda de café localizada em Carmo do Rio Claro (MG), foram resgatados pela Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, na terça-feira, 4. A ação, coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), contou também com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
O grupo, composto por mulheres e homens que eram das cidades de Tanhaçu e Aracatu, na Bahia, trabalhavam na colheita de café na região há mais de um mês. As autoridades notificaram o empregador responsável pela fazenda, determinando que ele regularize os vínculos trabalhistas dos 14 trabalhadores resgatados.
Essa regularização implica na admissão formal dos trabalhadores e na encerramento imediato dos contratos de trabalho precários. Os trabalhadores foram indenizados com um montante total de R$ 123.176,99, como compensação pelos danos sofridos.
Dado que não houve evidências comprovando a participação do empregador no deslocamento dos trabalhadores até Minas Gerais, não foi imposto qualquer requisito de ressarcimento para retorno deles à Bahia. É agora de responsabilidade dos trabalhadores decidir se desejam permanecer no local ou se retornam ao seu estado de origem.