O empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, de 59 anos, que matou a modelo Patrícia Melo, em 7 de janeiro de 2005, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na noite da última quinta-feira (22/8).
O empresário foi condenado a pena de 13 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio. Ele estava foragido desde setembro de 2018, quando foi julgado e expedido o mandado de prisão definitiva pela Vara de Execuções Penais (VEP/DF).
Os policiais da 1a Delegacia de Polícia (Asa Sul) se deslocaram até Belém-PA para efetuar a prisão, após o levantamento realizado pela Polícia Civil do Amapá. Depois de várias horas de campana, os policiais civis encontraram o foragido dirigindo o seu automóvel e efetuaram a prisão na Avenida Independência, uma das principais da capital paraense.
Após ter sido preso, Montenegro alegou inocência e foi recolhido ao sistema carcerário do Pará. Ele é investigado por vários crimes contra a administração pública praticado no estado do Amapá. O empresário já havia sido preso pela operação Exérese da Polícia Federal, em 2009.
Carlos Montenegro é muito influente no Amapá e poderá ser recambiado ao DF ainda nesta semana. Essa operação foi batizada de Diké, em referência à deusa da justiça que é conhecida como a vingadora dos violadores da lei.
Empresário afirma que modelo se jogou da janela
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o empresário empurrou Patrícia para a morte depois dela recusar investida sexual dele, versão que a defesa de Montenegro sempre negou. A modelo Patrícia Melo era empregada da empresa dele. De acordo com a perícia, ela foi jogada de uma altura equivalente a 43 metros.
Na época do ocorrido o empresário afirmou que os dois tinham ido a um bar em um shopping e ele a deixou no hotel. Ainda segundo ele, ela teria se jogado da janela e a jovem sofria de depressão. Porém, na denúncia do MP, consta que o denunciado descontente com a recusa da vítima, mas insistindo no propósito de tê-la a qualquer custo, levou ela para Brasília com o propósito dissimulado.
“Vindos ambos a se hospedar no mesmo quarto, num hotel de luxo da capital, porém, a vítima não cedeu ao assédio, recusando-se a permanecer com ele na cidade, o denunciado, em revide, a lançou do alto do 14° andar do prédio, pela sacada do quarto abaixo”, afirma o MP.
Com informações do Metrópoles