Na manhã desta quarta-feira (14/8) trabalhadoras rurais de todo o país deram início a uma passeata entre o Pavilhão do Parque da Cidade e o Congresso Nacional em Brasília, em protesto por mais políticas públicas voltadas ao campo. A manifestação é conhecida como Marcha das Margaridas.
Por causa do evento, o trânsito na área central de Brasília sofreu alterações. Por volta das 7h30 o grupo de manifestantes deixou o Pavilhão do Parque da Cidade e, de lá, seguiu pelo Eixo Monumental, ocupando todas as faixas da via S1. Um congestionamento de quase 7 quilômetros se formou na região.
Agricultoras familiares, ribeirinhas, quilombolas, pescadoras, extrativistas, camponesas, quebradeiras de coco, trabalhadoras urbanas e dos movimentos feministas e mulheres indígenas, são participantes da Marcha.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, a pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), determinou o uso da Força Nacional para proteção da área da Esplanada dos Ministérios. O nome da marcha é em homenagem à ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, Margarida Maria Alves.
A primeira Marcha das Margaridas aconteceu em 2000
A ex-presidente ficou por mais de dez anos à frente do sindicato, lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13° salário e férias remuneradas, ela foi assassinada no dia 12 de agosto de 1983 a mando de latifundiários da região.
A primeira Marcha das Margaridas aconteceu em 2000 e reuniu cerca de 20 mil mulheres de todo o Brasil. O movimento é marcado pelas camisetas lilás e pelos chapéus de palha decorados com margaridas. A quinta edição da marcha em 2015 reuniu cerca de 100 mil manifestantes.
A primeira Marcha das Mulheres Indígenas que se iniciou no último dia (09/8), em Brasília, com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, que se encerra hoje, irá se juntar com a Marcha das Margaridas.
Com informações do G1