O Ministério da Economia permitiu que uma empresa realizasse obras em um dos prédio da pasta mesmo sem fazer um contrato. O prédio onde os reparos foram feito é o bloco J, onde até o ano passado, ficava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), que na atual administração foi encorporado à antiga Fazenda.
A empresa responsável pelas obras tem origem do Grupo MPE, declarado inidôneo pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ou seja, não pode ser contratado pelo poder público. O motivo seria porque a empresa foi citada na operação Lava Jato e no cartel de trens de São Paulo.
Em 2018, apesar desse impedimento, o Ministério da Fazenda contratou a companhia e, somando isso à atual administração de Paulo Guedes, a empresa recebeu um novo aditivo milionário para continuar prestando os serviços.
Ministério da Economia permitiu início dos serviços
O prédio do Mdic não foi incluído no aditivo citado, o que impediria a realização de obras no local, mas mesmo assim o Ministério da Economia permitiu que o serviço começasse. O gestor do contrato, Bruno Queiroz, incluiu o prédio no contrato e articulou uma forma de liberar o início das obras, mesmo sem um novo contrato ser assinado.
Bruno explicou a Vinícius Silva Barbosa, responsável da empresa MPE, em um e-mail, que uma nota técnica foi elaborada solicitando as alterações contratuais e que, a companhia será provocada formalmente durante essa fase pelo setor responsável. “De qualquer forma, gostaria nesse momento do seu ciente com representante da equipe técnica da Empresa em relação a estes fatos e como forma de validar a reunião”, referiu a um encontro que eles tiveram.
Essa obra gerou preocupação dentro da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Um funcionário que não se identificou, avaliou que enquanto o aditivo não for formalizado, qualquer demanda atendida estará fora do escopo atual do contrato e somente poderá ser paga mediante reconhecimento de dívida.
De acordo com os dados da Receita Federal, a MPE Engenharia e Serviços é uma empresa nova, que foi fundada em 2016. Porém, pertencia ao Grupo MPE, que tem uma extensa ficha corrida e acumula várias investigações e recomendações de condenação na Justiça.
Com informações do Metrópoles