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Governo libera mais 63 agrotóxicos

O Ministério da Agricultura liberou nesta terça-feira(17/9) mais de 63 agrotóxicos com os novos registros, o total de agrotóxicos liberados neste ano chega a 325, superando o volume do mesmo período de 2018, quando houve 309 registros. As autorizações foram publicadas no Diário Oficial da União.

De acordo com o governo, do total de produtos registrados em 2019, 310 são produtos genéricos e 15 são à base de ingredientes ativos novos. Dos agrotóxicos autorizados para uso neste ano, 185 são produtos destinados exclusivamente para o uso industrial. Outros 140 são produtos que já estão prontos para serem adquiridos pelos produtores rurais.

Novas drogas

Entre os agrotóxicos liberados desta vez, duas novas drogas foram incorporadas: o princípio ativo fluopiram, usado para matar fungos, e o dinotefuram, um inseticida.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Agências reguladoras da União Européia e dos EUA, há risco de intoxicação pelo fungicida fluopiram já que ele é considerado como um agrotóxico medianamente tóxico. A droga é usada para combater parasitas que atacam a raízes das plantas e terá autorização para 7 culturas: algodão, batata, café, cana-de-açúcar, feijão, milho e soja. Além do Brasil o produto é liberado também na União Européia e está em análise nos EUA.

Já o risco de intoxicação pelo inseticida dinotefuram é bem maior. O produto é considerado extremamente tóxico pela União Européia onde seu uso não é autorizado e nos EUA ele está sendo reavaliado. No Brasil o produto é considerado pela Anvisa como medianamente tóxico.

Segundo o Ministério da Agricultura, o inseticida poderá ser aplicado em 16 atividades: arroz, aveia, batata, café, cana-de-açúcar, centeio, cevada, citros, feijão, milheto, milho, pastagem, soja, tomate, trigo e triticale.

Para os ambientalistas, a aceleração do ritmo de aprovações é uma forma de o governo colocar em prática tópicos do polêmico projeto de lei 6.299/02, que ficou conhecido como "pacote do veneno", que ainda está em discussão na Câmara dos Deputados.

Com informações do G1

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