O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou hoje um desbloqueio de quase R$ 2 bilhões no orçamento da pasta. Segundo ele, 58% desses recursos (R$ 1,2 bilhão) serão destinados para universidades e institutos federais. O valor corresponde a metade da verba que havia sido congelada para essas instituições (R$ 2,12 bilhões)
Segundo Weintraub, o desbloqueio passa a valer imediatamente. A verba também será utilizada para a compra de livros didáticos, exames da educação básica e o pagamento de bolsas da Capes. Apesar do desbloqueio, cerca de R$ 3,8 bilhões ainda estão congelados no MEC (Ministério da Educação).
"Está tudo na normalidade, acho que a crise está sendo deixada para trás com uma gestão eficiente", disse o ministro, que criticou ainda o uso da palavra "corte" ao invés de "contingenciamento".
A liberação de verbas é feita no orçamento discricionário, isto é, que envolve despesas como luz e água, mas não salários. Weintraub afirmou que o bloqueio de verbas foi feito de forma a "evitar interrupção nos serviços". "A gente foi administrando, na boca do caixa, o que podia ser postergado, sem prejudicar a população", disse o ministro.
Apesar da fala de Weintraub, universidades federais chegaram a suspender serviços de limpeza e a cancelar aulas noturnas por falta de vigilância como consequência pelo congelamento de verbas.
Na quinta-feira (26), a UFPR (Universidade Federal do Paraná) chegou a anunciar que, caso o bloqueio de verbas permanecesse, teria de interromper o ano letivo. Em entrevista a jornalistas, o ministro culpou as gestões passadas pelo cenário fiscal que levou ao congelamento de recursos e afirmou que espera realizar um novo desbloqueio no orçamento da pasta até o fim de outubro.
A verba será dividida da seguinte forma:
- R$ 1,2 bilhão para universidades e institutos federais
- R$ 290 milhões para compra e distribuição de livros didáticos
- R$ 270 milhões para bolsas da Capes
- R$ 105 milhões para exames da educação básica
Via: Uol