A crise interna pelo controle do PSL ganhou novos contornos com a renúncia do deputado Delegado Waldir (GO) do cargo de líder da legenda na Câmara. Com isso, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) assume o posto. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) Diretora da Câmara, a ala bolsonarista conseguiu coletar 32 assinaturas, mas apenas 28 foram consideradas válidas, para destituir o Delegado Waldir. Como eram necessárias 27 assinaturas válidas para validar a substituição, a SGM confirmou o nome de Eduardo para ocupar o cargo.
Ao ficarem sabendo que o grupo de Eduardo apresentou uma nova lista, aliados de Waldir começaram a recolher assinaturas de parlamentares para tentar retormar a líderança do PSL .
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a confirmação da SGM aconteceu pouco depois do Delegado Waldir anunciar, em vídeo, que estava abdicando da liderança do governo na Câmara.
"Venho a público fazer um esclarecimento, o meu partido, o PSL, decidiu retirar a ação de suspensão de cinco parlamentares e aceitamos democraticamente que foi feita por parlamentares. Já estarei à disposição do novo líder para de forma transparente passar para ele toda a liderança do PSL", disse o parlamentar no vídeo.
Na semana passada, o Delegado Waldir foi gravado por um colega de partido afirmando que “iria implodir” Jair Bolsonaro, além de chamar o ex-capitão de "vagabundo”. Também na semana passada, Bolsonaro foi gravado em meio a uma articulação para destituir o Delegado Waldir da liderança do governo na Câmara.
Apesar de se colocar à disposição do novo líder, o Delegado Waldir disse que não está subordinado a nenhum presidente e afirmou que a Constituição prevê que o executivo não deve interferir no Parlamento.
- Queria agradecer aos parlamentares que confiaram nesse nosso projeto, dizer que não sou subornidado a nennum governador, nenhum presidente, mas sim ao meu eleitor e vou continuar defendendo todas as prerrogativas do parlamento. Nós não rasgamos a Constituição ainda, nós não rasgamos a Constituição. A Constituição prevê que o executivo não deve interferir no parlamento em nenhum ação - disse o deputado.
No mesmo vídeo, o deputado afirmou que partido decidiu retirar a ação que pedia a suspensão de cinco deputados, Alê Silva (PSL-MG), Bibo Nunes (PSL-RS), Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR).
Com informações do Brasil 247 e O Globo