Na manhã desta segunda-feira (21/10) a Polícia Federal (PF) deflagrou, a operação Grand Bazaar em quatro estados. O objetivo visa desarticular esquema fraudulento a fundos de pensão, cujo principal alvo é o deputado Sergio Souza (MDB-PR), o próprio relator da CPI dos fundos de pensão, teve início em agosto de 2015, e foi finalizada em abril de 2016, pela Câmara dos Deputados.
De acordo com a PF a comissão analisou números dos quatro maiores fundos de pensão do Brasil: Caixa Econômica Federal (funcef), Correios (Postalis), Petrobras (Petros), Banco do Brasil (Previ) entre 2003 e 2015. Todos com indícios de aplicação incorreta de recursos e de manipulação. Um prejuízo apurado de R$ 6,6 bilhões.
A ação da PF envolveu 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), incluindo o gabinete do parlamentar Sérgio Souza na Câmara dos Deputados.
A suposta lavagem de dinheiro investigado envolvia a remessa de recursos desviados dos fundos de pensão para empresas de fachada nos Estados Unidos.
Segundo as investigações, o deputado Sérgio Souza teria recebido R$ 3,2 milhões somente para evitar a convocação e o indiciamento de algumas pessoas na CPI dos fundos de pensão, entre elas, o ex-presidente da Petros, Wagner Pinheiro de Oliveira e o ex-presidente do Postalis, Antônio Carlos Conquista.
O ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, além de autorizar as buscas, decretou o bloqueio e sequestro de bens, móveis e imóveis, do deputado Sérgio Souza; do empresário Arthur Mário Pinheiro Machado; do ex-presidente da Petros, Wagner Pinheiro de Oliveira; do ex-presidente do Postalis, Antônio Carlos Conquista; do lobista Milton de Oliveira Lyra Filho e do advogado Marcos Joaquim Gonçalves Alves.
Mas negou a prisão preventiva do empresário Arthur Mário Pinheiro Machado e do lobista Milton de Oliveira Lyra, mas o ministro Celso de Mello.
Criada em agosto de 2015, a CPI tinha como objetivo apurar indícios de fraude e má gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos, entre 2003 e 2015.
*Com informações do G1