A Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) sobre derramamento de óleo no Nordeste, em sua primeira reunião, levantou dúvidas sobre diversas ações do governo federal para conter o óleo que contaminou o litoral Nordeste e que chegou a atingiu outros estados como o Espírito Santo e o Rio de Janeiro.
Peritos e especialistas ouvidos pela CPI denunciam o despreparo das equipes e a precariedade da vigilância dos mares. Eles afirmaram que o governo não só demorou para agir e ignorou procedimentos importantes para evitar o agravamento da situação, como demonstrou desconhecimento da validade de imagem de satélites para detectar a origem e o destino do petróleo vazado no Oceano Atlântico.
As informações e dados foram apresentados à CPI pelos depoentes: Engenheiro de pesca e coordenador do Movimento Salve Maracaípe, Daniel Brandtão Galvão; Humberto Alves Barbosa, responsável pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas — Ufal; Professor de biologia da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), Clemente Coelho Júnior; deputado Rodrigo Agostinho (PSB-PE), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, entre outros.
O deputado João Campos (PSB-PE, presidente da CPI) afirmou, ao fim do encontro, que a apresentação dos especialistas deixou claro que o avanço do óleo pelas praias do Nordeste era mais previsível do que o governo fez crer. “Fizemos questão de questionar, há previsibilidade do trânsito do óleo nos oceanos baseado no modelo de vento, maré e corrente."
" A partir do momento que toca a praia, dá pra prever as praias seguintes. E os especialistas disseram que havia sim uma previsibilidade maior que o governo disse que haveria. A gente vai questionar isso nas próximas audiências, assim como o Plano Nacional de Contingenciamento que não foi efetivado " afirmou o parlamentar.
Com informações do Correio Braziliense