Um grupo de extrema-direita assumiu o atentado contra a produtora Porta dos Fundos, na madrugada da última terça-feira (24/12), véspera de natal, em Humaitá, no Rio de Janeiro. Por meio de um vídeo que circular nas redes, três homens encapuzados aparecem filmando o atentado e afirmam buscar justificar o povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica.
De acordo com a publicação do Correio Braziliense, o prédio da produtora foi atacado com coquetéis motovol. A empresa informou que o incêndio não chegou a se espalhar pelo prédio, pois foi contido por seguranças do local.
Os membros do grupo aparecem no vídeo com os rostos cobertos com balaclava, e nas imagens é possível ver símbolos nacionalista no braço e uma bandeira do Brasil da época do império sobre a mesa. As cenas com o ataque ao prédio da produtora são exibidas e as vozes dos suspeitos foram editadas para dificultar o reconhecimento.
Conforme a matéria publicada, o grupo intitulado Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira se apresenta no vídeo da seguinte maneira. "Temo o prazer de declarar que as inquietações advindas do espírito popular hoje foram parcialmente satisfeitas. O Porta dos Fundos resolveu fazer um ataque contra a fé do povo brasileiro se escondendo através do véu da liberdade de expressão".
Nas imagens é possível ver os membros do grupo no momento do ataque e o fogo nas parede do prédio do Porta dos Fundos
Nas imagens gravadas do ataque pelo grupo, é possível observar que os coquetéis motolov são jogados por mim do muro e que as chamas se espalham pelas paredes do prédio.
O ataque foi em virtude do especial de natal do canal Porta dos Fundos, o qual trás Jesus como um homossexual em sua sátira. A atração exibida pela Netflix trouxe a tona várias críticas à produtora e aos artistas que participam do especial.
O vídeo com o grupo assumindo a responsabilidade pelo ataque foi entregue a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, que informou que o caso é investigado pela Polícia Civil. Conforme a publicação, os suspeitos são os mesmo que queimaram bandeiras antifascismo na Universidade Federal do Rio (UniRio) no ano passado.
*Com informações do Correio Braziliense