O carnaval de Pernambuco foi marcado por 43 registros de pessoas que relataram ter levado “agulhadas” durante os dias de festa. As informações são da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e foram divulgados ontem (25).
Contudo, a Secretaria de Saúde do estado somou 69 pessoas que disseram terem sido furadas por agulhas em quatros cidades, desde o dia 15 de fevereiro. Os registros foram feitos nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e Orobó, no Agreste do estado.
Das 69 pessoas que sofreram a agressão, 65 realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP), para prevenir a infecção pelo vírus HIV e outras infecções. Os demais, ou se recusaram a fazer o teste rápido, que é pré-requisito para o uso da medicação e do tratamento, ou não estavam aptos a recebê-lo, pois já havia passado mais de 72 horas desde o momento da agulhada.
Os pacientes foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento. Também foram orientados a realizar exames futuros, afim de monitorar possíveis infecções no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do Correia Picanço, ou nos municípios de residência dos paciente.
A SES explicou que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3% para HIV.
Ataques são realizados desde 2019
As primeiras denúncias de agulhadas surgiram em 2019, no dia 2 de março. Na época, o Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, Zona Norte do Recife contabilizou 273 vítimas do ataque que foram atendidas na clínica.
Também foi feito um retrato falado do suspeito, contudo não houve relatos de prisão. Depois dos ataques do carnaval do ano passado, uma delegacia móvel foi montada no Hospital Correia Picanço. O resultado do exame realizado nas pessoas que relataram terem sido perfuradas com agulhas não foi divulgado.
*Com informações do G1