Após receber cartas de uma organização criminosa com ameaças de morte contra juízes de Palmas, capital do Tocantins, foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (3/2) a Operação Praetorium Minati. Conforme as publicações do G1, a ação cumpre 29 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em oitos cidades no Tocantins e no Mato Grosso do Sul.
A matéria publicada teve acesso a uma carta que diz que um menor seria recrutado para matar um juiz da capital. Até o momento 27 pessoas foram presas e duas estão foragidas. No Tocantis a operação ocorre nos municípios de Paraíso, Guaraí, Tocatinópolis, Colinas, Oliveira de Fátima, Arraias e Nova Rosalândia. No MS, um dos mandados é cumprido no Presídio Masculino da capital Campo Grande.
Responsável pela ação, o delegado Eduardo Menezes, afirmou que as 29 pessoas com mandados de prisão preventiva fazem parte de uma facção criminosa nacional que atual em todas as regiões do Tocatins.
Segundo o delegado no dia 18 de janeiro de 2018, um carta escrita à mão foi encontrada no Pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Palmas. Conforme o investigador, o conteúdo da carta tem citações bíblicas distorcidas, e ressalta que o autor precisa deixar a unidade prisional, para buscar uma união entre as facções.
De acordo com a publicação na carta consta uma ameaça de morte a juiz de Palmas. O detento fala no documento que caso continuasse presso, o magistrado iria queimar no fogo do inferno. Em outro bilhete encontrado pela polícia estava inclusive a encomenda do assassinato do juiz, e que a morte do magistrado daria respeito a organização criminosa.
O responsável pela operação afirmou que o bilhete sobre o ataque foi apreendido, após o encontro de várias anotações, em uma das celas do Pavilhão B da CPP de Palmas.
O delegado Eduardo Menezes diz que o bilhete sobre o possível ataque ao juiz, foi detectado a partir do encontro de diversas anotações também em uma das celas do Pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Palmas. As investigações mostraram ainda que há mais de 500 integrantes da facção atuando no Tocantins.
O nome da ação é derivada do latim e faz menção à ameaça ao judiciário, que é responsável pela condenação de suspeitos de tráfico de drogas, associação criminosa entre outros. A operação conta com 150 policiais civis, tem o apoio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Divisões Especializadas de Repressão a Narcóticos (DENARC), Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegacias Circunscricionais, Grupo de Operações Táticas Especiais – GOTE e do Centro Integrado de Operações Especiais (CIOPAER)
*Com informações do G1