Na manhã desta segunda-feira, ao sair do Palácio da Alvorada - residência oficial, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) disse em declaração à imprensa que espera o fim da medida de isolamento mesmo sem o país ter atingido o pico de casos do coronavírus, "última semana dessa quarentena", afirmou.
Segundo o presidente 70% da população será contaminada “vamos ficar em casa dez anos, em casa preso, que está tudo bem? Não está bem”, enfatizou e novamente se posicionou contra as medidas "excessivas" de isolamento adotadas por governadores e prefeitos para combater o vírus.
De acordo com Bolsonaro a reclusão social tem um efeito devastador para a economia e resultará no desemprego em massa "espero que essa seja a última semana dessa quarentena. Dessa maneira de combater o vírus: todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa porque a geladeira está vazia”, argumentou.
Em contramão ao discurso de Jair Bolsonaro as estimativas do Ministério da Saúde indicam o pico da doença no Brasil deve ocorrer entre o fim de abril e meados de maio, mas para o presidente o confinamento tem gerado mais problemas do que soluções, “aproximadamente 70% da população vai ser infectada , não adianta querer correr disso. É uma verdade, estão com medo da verdade?", provocou.
Em seu discurso o presidente declarou que um de seus ministros havia recomendado um decreto que multasse as pessoas que estavam nas ruas, mas ele afirma que foi contra “eu falei: não. Quem vai para a rua está atrás de emprego, ganhar um pão e levar um prato de comida para o filho em casa."
Os dados atualizados das secretarias estaduais de saúde contabilizam 39.548 infectados e 2.507 mortos por Covid-19 em todo país até a data de hoje (20).
*Com informações do Uol.