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Embaixador nega que EUA tenha interceptado equipamentos médicos destinados ao Brasil

O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, negou nesta terça-feira (7), que seu país tenha interceptado equipamentos médicos produzidos na China com destino ao Brasil.

“Estive lendo estas notícias. Por isso, emitimos um tuíte bastante claro. O Governo dos EUA não comprou nem bloqueou nenhum equipamento da China com destino ao Brasil”, disse Chapman em videoconferência com jornalistas.

“O que está acontecendo é que muitos fornecedores estão jogando: querendo vender para lá e depois vender para cá. Isso é contra a lei norte-americana. Não pode superfaturar. Não pode ter uma máscara que custa 10 e eu guardo para depois vender por 15”, acrescentou.

O embaixador disse também que sua prioridade será trabalhar junto com o governo para no combate à pandemia. Chapman disse ainda que teve uma conversa “muito positiva” com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Estamos vendo como podemos ampliar nossa cooperação. Já temos especialistas no Brasil com linha direta com Washington”, disse.

Reprodução: Twitter

O diplomata Todd Chapman, que chegou ao país no fim de março, foi indicado ao cargo pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em outubro de 2019 e aceito pelo Senado em fevereiro deste ano. Ele concluiu que sua chegada ao Brasil ocorre em um momento muito difícil por causa do enfrentamento à COVID-19.

“Os EUA e Brasil têm uma longa história bem produtiva na área de saúde. Temos aqui no Brasil há mais de uma década um escritório do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças). Já estamos trabalhando muito bem com o Brasil na área de saúde. É uma parceria bem ampla”, disse o embaixador, que salientou haver um canal de comunicação “completamente aberto” entre os dois países.

"Depois disso, a primeira grande prioridade da nossa missão será o tema da economia e dos investimentos”, completou. Chapman também elencou a questão da segurança, como o combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas, e a cooperação com o Brasil em temas globais, como a promoção da democracia e da liberdade religiosa como questões a serem tratadas no futuro. “(São) áreas em que Brasil e Estados Unidos têm muita afinidade.”

Deportação de brasileiros na crise

Indagado sobre a deportação de brasileiros que entraram de forma ilegal nos EUA também durante a pandemia do novo coronavírus, o embaixador não foi claro, mas defendeu que os países tenham leis para poder controlar quem entre em seu território.

“Somos um país de imigrantes. Somos completamente a favor da imigração legal. Estes brasileiros lamentavelmente estão sendo enganados por organizações criminosas para serem levados até a fronteira. Isso é realmente um abuso dos seus direitos humanos”, disse, ressaltando a necessidade de os dois países se juntarem na conscientização das pessoas a não imigrarem de forma ilegal.

“Agora temos a cooperação do governo brasileiro para eles retornarem à sua própria terra. Eles não são maltratados, respeitamos todos os seus direitos humanos.”

Venezuela

A respeito da reeleição de Nicolás Maduro em 2018, na Venezuela, que não foi reconhecida por Brasil e EUA, Chapman afirmou que Washington e Brasília têm “muita sintonia” nesse assunto.

“Reconhecemos que os venezuelanos estão sujeitos à ditadura. Felizmente o Brasil e grande parte da América Latina estão comprometidos com o retorno à democracia na Venezuela”, disse o diplomata.

Chapman explica que foi nesse sentido que o governo americano divulgou recentemente uma proposta para um governo de transição democrática na Venezuela que não inclui Maduro e Guaidó.

“Acreditamos que é a melhor solução. O Brasil é um líder para a solução da questão democrática e humanitária na Venezuela”, completou.

Com informações da CNN Brasil

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