O vereador Carlos Bolsonaro (Republicano) foi identificado pela Polícia Federal (PF) como articulador de um esquema criminoso de Fake News. A suspeita do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o caso é de que ele seja um dos líderes de um grupo responsável por criar e divulgar notícias que intimidam e ameaçam autoridades.
Para a PF - de acordo com informações do Uol, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) pressionou Maurício Valeixo, exonerado do comando da Polícia Federal na sexta-feira (24), porque sabia que as investigações tinham identificado Carlos, seu filho, como coordenador do esquema de notícias falsas.
A retirada de Valeixo da PF seria uma manobra para que o presidente conseguisse informações sobre as investigações que correm em sigilo no Supremo e fizesse uma possível troca dos delegados responsáveis. No entanto, após o ex-Ministro da Justiça, Sérgio Moro anunciar sua demissão do cargo na sexta-feira (24), o relator do inquérito, o ministro Alexandre Moraes determinou que a PF preserve os delegados que atuam na investigação.
Alexandre Ramagem, nomeado para assumir o comando da Polícia Federal é indicado na publicação como amigo de Carlos Bolsonaro, que teria convencido o seu pai Jair Bolsonaro a designá-lo para o lugar de Maurício Aleixo por ser um dos alvos do inquérito que investiga o esquema criminoso.
Dias Toffoli, presidente do STF abriu em março de 2019 o inquérito que apura a utilização de notícias falsas que caluniam e ameaçam autoridades públicas do tribunal. As especulações são de que as apurações dos protestos pró golpe realizados recentemente em Brasília possam estar relacionadas. Alguns empresários suspeitos de participarem do esquema de Fake News são apontados como financiadores dos protestos.