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Flávio Bolsonaro financiou esquemas ilegais da milícia diz Intercept

Neste sábado (25), o The Intercept Brasil divulgou uma publicação com acusações de que Flávio Bolsonaro está envolvido no financiamento de construções da milícia do Rio de Janeiro. De acordo com eles, o filho do atual presidente do Brasil teria lucrado com as transações ilegais feitas com dinheiro público.

Os documentos que comprovariam as acusações segundo eles são sigilosos e estão sendo levantados pelo Ministério Público (MP). Os advogados de Flávio já teriam solicitado a suspensão do processo de investigação por nove vezes e esta seria uma das razões do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter feito a troca de comando da Polícia Federal.

O dinheiro utilizado na construção dos prédios seria de uma “rachadinha”, que é um esquema de desvio, feito por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa. A investigação ainda aponta o senador teve aumento significativo em seus patrimônios nos anos de 2015 à 2017. Em 2002 seu patrimônio declarado era de R$ 25,5 mil e em 2018 já chegava à R$ 1,74 milhão de acordo com a reportagem.

Possíveis envolvidos

A publicação relata que os investigadores - que pediram anonimato, fizeram até agora o cruzamento de informações bancárias de 86 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema ilegal que teria o envolvimento de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato por Flávio Bolsonaro.

O senador de acordo com os dados receberia o lucro do investimento dos prédios, através de repasses efetuados por Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro e pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.

Os repasses segundo as investigações chegavam à Adriano por meio de contas usadas por sua mãe, Raimunda Veras Magalhães, e sua esposa, Danielle da Costa Nóbrega que teriam movimentado R$ 1,1 milhão no período analisado pela investigação, a partir daí o dinheiro chegava aos canteiros de obras ilegais através de repasses feitos por Adriano aos laranjas das empresas construtoras envolvidas no esquema.

Esclarecimentos

De acordo com a publicação, Flávio Bolsonaro afirmou em suas redes sociais que é vítima de perseguição da imprensa e criticou o vazamento de informações do processo, que está sob segredo de justiça.

O Ministério Público do Rio de Janeiro publicou uma nota sobre as acusações divulgadas pelo Intercept, confira na íntegra:

"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), esclarece que, em relação à matéria publicada no site Intercept "Rachadinha de Flávio Bolsonaro financiou prédios ilegais da milícia no Rio", veiculada neste sábado (25/04), a publicação não retrata a verdade dos fatos. E que, em razão do sigilo decretado nas investigações, não é possível fornecer outras informações no momento."

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