De acordo com declaração do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), nesta quinta-feira (23), "sem medo de errar, nós temos cinco vezes mais casos daqueles notificados em São Paulo, até porque ele (coronavírus) se manifesta em 20% da população", disse. Baseado em dados de pessoas que contraem o coronavírus mas não apresentam sintomas, Garcia reconheceu que a subnotificação é uma realidade no estado.
Segundo a estimativa o estado teria quase 80 mil contagiados. Para Garcia " se temos 15 mil (casos confirmados), temos cinco vezes mais pessoas infectadas com o vírus que não apresentam sintomas. Também temos aqueles que vão superar o vírus em casa (sem procurar a rede pública de saúde)," concluiu.
Estratégia de combate a subnotificação
Rodrigo Garcia reforçou a promessa de testagem em massa, que o governo planeja para ter início em 15 de maio. São Paulo tinha 15.914 casos confirmados e 1.134 mortes causadas pelo Sars-Cov-2 na atualização de ontem. Para o vice-governador a idéia é ampliar notadamente o número de testes de maneira estratégica, baseada em grupos de pessoas e regiões mais afetadas pela doença.
O estado ainda não consegue testar casos suspeitos. Com isso, se concentram exposições de pessoas que tiveram a doença, mas não entraram nas estatísticas por falta de testes. Garcia ainda reiterou que "semana que vem será apresentada nova estratégia de testagem em massa. A partir da testagem em massa serão testados os suspeitos", afirmou.
Reabertura desigual
Com a previsão do fim da quarentena em São Paulo, inicialmente cotada para o dia 10 de maio, Garcia sustentou que o plano para a reabertura do comércio será diferente para cada região do estado e setores da economia. O vice- governador defendeu o anúncio do planejamento feito ontem, mesmo semanas antes do fim das medidas rígidas de isolamento social.
Ainda em seu pronunciamento Garcia justificou que "a demostração do governo foi de planejamento, não estamos dizendo que no dia 11 de maio estará tudo aberto. Estamos dizendo que a epidemia como é heterogênea, é menor no interior, também teremos uma quarentena heterogênea. Vamos tratar as regiões de maneiras diferentes, para que a gente possa avaliar cidade por cidade, setor por setor", pontuou.
*Com informações do Uol