A Polícia Civil (PCDF) deflagrou operação na madrugada de hoje (25) a Operação Sentinela, com o objetivo de prender José Carlos Lacerda Estevam Leite, 40 anos, proprietário do maior lava a jato de Águas Claras.
O estabelecimento tinha por finalidade a lavagem de dinheiro, produto dos ataques a bancos. A segunda fase da Operação Sentinela obedeceu a sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão, em Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga e na cidade de Joinville, em Santa Catarina.
Segundo as investigações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (CDF), José Carlos, mantinha discrição e levava uma vida acima de qualquer suspeita e se dedicava a cuidar dos seus negócios, sempre ligados ao setor automobilístico, e ser o mentor de assaltos cinematográficos contra instituições bancárias.
De acordo com as operações da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), o criminoso recrutava assaltantes de vários estados, definia as estratégias e funções de cada um. Também organizava o setor operacional e de logística de cada ataque. O empresário, segundo a PCDF, seria o mentor da organização criminosa especializada em roubos a bancos desarticulada na primeira fase da Operação Sentinela, em 4 de maio.
A operação desarticulou um grupo que era arraigado na sede do Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras do país. Na operação, cinco funcionários terceirizados do banco foram detidos. Todos desabilitavam sistemas de alarme e facilitavam ataques a cofres do banco em todo o país.
Os policiais cumprem mandados de prisão contra o empresário, o filho dele e cinco funcionários das empresas de José Carlos. Todos os presos cediam os nomes para o registro de empresas e veículos usados na lavagem do dinheiro. O lava a jato, possuía fama por tratar da estética de veículos de luxo: Ferraris, Porsches, dentre outros, também é registrado no nome de um funcionário e não do empresário especializado em planejar roubos a bancos.
Para os investigadores da DRF, José Carlos recrutou um grupo de arrombadores de cofres em Joinville (SC), responsável pela abertura dos cofres. Os policiais cumpriram a prisão de um deles na cidade catarinense. O suspeito foi trazido para o DF em um avião da corporação pelos investigadores da DRF. Com o suspeito foi apreendido uma pistola austríaca da marca Glock.
As apurações concluíram que José Carlos e os comparsas participaram pelo menos de quatro assaltos contra agências bancárias. A primeira correu na cidade baiana de Teixeira de Freitas, em 29 de novembro do ano passado. Durante o ataque, os criminosos levaram R$ 1.114.748,40. Já o segundo ataque aconteceu na região sul do país, na agência da Zona Industrial de Tupy, em Joinville, em 14 de abril deste ano. Na ocorrência, três criminosos foram presos e outro morreu em confronto com a polícia.
O terceiro ataque ocorreu em uma agência bancária na cidade de Borba, no Amazonas, em 18 de abril deste ano. O último foi registrado em uma agência bancária de Anápolis, em Goiás, em 25 de abril deste ano, foi furtada a quantia de R$ 924 mil.
*Com informações do Metrópoles