Após as denúncias feitas pelo empresário e ex-aliado de Bolsonaro, Paulo Marinho, de que a Polícia Federal (PF) informou a Flávio Bolsonaro que seu ex-assessor Fabrício Queiroz seria alvo de investigação da PF, a corporação vai ouvir os delegados e policiais que participaram das investigações no âmbito da operação "Furna da Onça".
A investigação vai ser feita pela corregedoria da PF, para identificar se realmente houve vazamento das informações envolvendo o inquérito. Serão ouvidos nessa investigação a delega Xênia Soares, que presidiu o inquérito e os policiais que estiveram na ação.
Conforme divulgado nos documentos de preparação para a operação policial, havia um relatório da inteligência financeira feito em janeiro de 2018, onde foi identificada uma movimentação fora do comum de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Entre os nomes que aparecem no relatório está o ex-assessor e chefe da segurança de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, com uma movimentação de R$ 1,2 milhão.
Alexandre Ramagem conduziu operação que terminou com desdobramento da operação Furna da Onça
Conforme a publicação do portal IG a delegada participou também da operação Cadeia Velha em 2017 e teve o delegado Alexandre Ramagem como principal responsável pela ação. E a partir da investigação de Ramagem, foi deflagrada posteriormente a operação "Furna da Onça" que foi um desdobramento da operação Cadeia Velha.
Sobre as acusações do empresário Paulo Marinho, a PF divulgou uma nota explicado que vai investigar o caso, e que em outra ocasião, mais precisamente em dezembro do ano passado, foi denunciado esse vazamento, mas as investigações não apontaram o suposto vazamento.
Conforme relatado pelo Jornal O Globo outros policiais afirmaram que as denúncias são contraditórias, uma vez que cópias de relatórios da Coaf foram entregues em janeiro de 2018 a PF, Ministério Publico Federal (MPF), Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e Receita Federal.
Outra contradição apontada na denúncia é de que o delegado da PF afirmou ao empresário que a operação Furna da Onça foi adiada por um mês, no intuito de não prejudicar o entanto candidato a presidência Jair Bolsonaro. Todavia os integrantes da investigação alegam que o MPF se manifestou sobre a ação no dia 16 de outubro de 2018, os 45 mandados expedidos no dia 31 de outubro de 2018 pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e a operação deflagrada apenas no dia 8 de novembro.