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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passa por novo episódio de desavença diante de seus apoiadores nesta segunda-feira (15), logo após deixar o Palácio da Alvorada e se dirigir ao "cercadinho", onde costuma atender seus eleitores.
Ao escutar o pedido de "solicitude" feito por uma mulher e ouvir de um homem presente a respeito da falha de análises que tem o ministério da Saúde, teve uma reação de ameça, vou suspender a entrevista.
"Me respeitem, ou eu vou acabar ignorando esse local de conversa, me desculpem... Eu não tenho controle dessa situção. Tem que procurar o ministério da Saúde", disse ele.
A primeira exigência partiu de uma mulher que se identificou como Marilda. Os apoiadores permaneceram em um espaço reservado dentro do Palácio da Alvorada - uma maneira encontrada pelo presidente se esquivar da imprensa.
"Meu nome é Marilda, moradora do Riacho Fundo II [no DF], represento a minha comunidade. Nós temos 650 crianças que estão em situação insalubre na lama ou na poeira, nós apresentamos uma emenda da [deputada] Celina Leão, procurei o Marinho mas sem sucesso. O que eu preciso é que o empenho seja feito, presidente, pra gente conseguir", explicou ela, retratando-se a Rogério Simonetti Marinho (PSDB-RN), ministro do Desenvolvimento Regional.
"Porta vo, se eu for tratar cada questão individualmente do Brasil todo, eu vou estar fora da minha jurisdição "isso é ser prefeito", e não presidente da República", reiterou Bolsonaro.
"Eu estou aqui para tentar marcar uma reunião com o Marinho", afirmou a senhora. O presidente replicou: "Tem que encontrar ele e não eu. Entenda, a uma escala enorme de projetos, se cada representante das regiões brasileiras chegarem aqui com um projeto, eu vou ter três, quatro pedidos de agenda por dia com o Marinho e não está certo agir desta maneira."
Mais um adepto fala com o presidente, que repeti a frase: "Eu não sou secretário de agenda. Por favor, busquem o ministério da Saúde.
Na mesma ocasião é cobrado novamente por um homem: "Nós já procuramos, mas lá na área finalista, onde chega nossos emails, o pessoal fez umas análises completamente equivocadas.
Onde foi flagrado o ato de ameaça de Bolsonaro "Prestem atenção nas perguntas, eu vou acabar não parando mais aqui, me desculpem".
*Com informações da UOL
