O atual ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, alterou na sexta-feira (26), seu currículo disponível na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sistema de currículos virtual, mantido pelo órgão, que íntegra as bases de dados curriculares e instituições, concebido para facilitar as ações de planejamento e de fomento à pesquisa.
A alteração se deu após o reitor da Universidade de Rosário, Franco Bartolacci, revelar que Decotelli não obteve a titularidade de doutor. "Cursou o doutorado, mas não concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese. Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar".
Ao reescrever seu currículo, Decotelli retirou o título de sua tese "Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja" e o nome de seu orientador Dr. Antônio de Araújo Freitas Júnior. No lugar, ele defende apenas "créditos concluídos" e "ano de obtenção: 2009". No campo relacionado ao orientador assinalou "sem defesa de tese".
Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como novo ministro da Educação, o professor Carlos Alberto Dacotelli da Silva, de 67 anos, é evangélico, oficial da reserva da Marinha e o primeiro negro a ocupar um cargo na Esplanada.
De acordo com o currículo ainda cadastrado na plataforma do CNPq, Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e fez pesquisa de pós- doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha.
*Com informações do Terra.