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Uma nuvem de gafanhotos que se aproxima do Brasil está assustando produtores rurais do país. A praga veio do Paraguai, onde destruiu inúmeras lavouras de milho e avança na parte do território argentino que faz fronteira com o Brasil e com o Uruguai.
No momento, a viagem dos insetos está sendo monitorada por produtores e funcionários do governo. Segundo algumas avaliações dos países vizinhos, os insetos podem chegar ao oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, ocasionando danos às lavouras destes estados.
Em entrevista ao G1, o engenheiro agrônomo da Emater de Uruguaiana (RS), Daniel da Costa Soares, disse que a situação é nova tanto para produtores quanto para profissionais da área. "Ainda não temos muita certeza do que vai acontecer, se eles vão entrar aqui ou não, mas já estamos conversando com produtores sobre o assunto", diz.
Segundo o governo argentino, a praga, que atingiu o país na semana passada, afetou, principalmente, as províncias de Santa Fé, Formosa e Chaco, onde existe a produção de cana-de-açúcar e mandioca e condição climática favorável.
Ainda, segundo o governo argentino, os insetos podem passar por cidades e povoados, contudo não causam danos diretos aos seres humanos, apenas às plantações.
Em aproximadamente um quilômetro quadrado podem ter até 40 milhões de insetos, que consomem em um dia pastagens equivalentes ao que 2 mil vacas ou 350 mil pessoas comem, disse o engenheiro agrônomo argentino Héctor Medina à agência Reuters.
Surtos de gafanhotos no Brasil
Em regiões mais quentes do país, como o Pará, já houve surto de gafanhotos. Quando, em 2017, os insetos percorreram diversos municípios do estado, atacando lavouras de mandioca. Além dos prejuízos econômicos, o acontecimento envolveu o uso indiscriminado de inseticidas e outros agroquímicos, causando risco ao meio ambiente a saúde da população.
*Com informações do G1
