A digital influencer, Sara Winter, e líder do grupo bolsonarista "300 do Brasil" foi denunciada por injúria e ameaças contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com as informações do MPF, foram analisados os vídeos publicados por ela em conta de canal no Youtube e em sua conta pessoal do Twitter. Todavia a denúncia contra a influencer não foi baseada na Lei de Segurança Nacional, e que nesse sentido, a representação do ministro foi arquivada.
A denúncia contra Sara foi feita junto à 15ª Vara da Justiça Federal, pelo procurador da República, Frederick Lustosa, que afirmou que relatou as declarações da influencer, após a operação da Polícia Federal (PF) no inquérito das Fake News autorizada por Alexandre de Moraes que cumpriu mandados de busca e apreensão contra apoiadores do presidente Bolsonaro, entre eles Sara Winter.
Procurador analisou conteúdos publicados por Sara Winter em canais do Youtube e em suas redes sociais
De acordo com o procurador, Sara Winter usou as redes sociais para atingir a dignidade e decoro do ministro, ao ameaçar lhe causar mal injusto e grave, com o intuito de constranger o ministro do STF. O procurador alegou ainda que a conduta da infulencer não feriu a Leia de Segurança Nacional, haja visto que não teve lesão ou real potencial de bens protegidos pela norma.
O procurador afirma também que a denunciada não impediu o exercício do ministro e nem mesmo da suprema corte. Por essa razão considerou que não havia motivo para que Sara Winter fosse enquadrada na Leia de Segurança Nacional. O MPF considerou as atitudes da líder do 300 do Brasil, além dos precedentes observados pela Câmara de Coordenação do Órgão.
Caso a influencer seja condenada pelo crime, a mesma deverá pagar uma multa de no mínimo R$ 10 mil por danos morais ao ministro Alexandre de Moraes.