Em participação no programa "Altas Horas" de sábado (11), Anitta contou que está fazendo aulas de teatro, piano, francês e que também começou a estudar política. A cantora foi questionada por Serginho Groisman se o interesse surgiu de uma "maneira natural" ou por "pressão".
“Eu nunca quis só fazer uma música ‘bombar’, ver todo mundo dançando, ficar em primeiro lugar, ganhar dinheiro. Nunca fui essa pessoa. Sempre quis mudar as coisas de alguma maneira, fazer história, fazer diferença. Nunca tinha me interessado por política porque a estrutura do nosso governo, do nosso País faz a gente se desinteressar. Sempre uma linguagem muito difícil, estudei em escola pública, então não era da minha realidade”.
A cantora explicou que a necessidade de entender sobre política surgiu a partir de uma demanda do público. "Descobri que existia esse interesse quando as pessoas começaram a me cobrar muito. Falei: 'caramba, preciso dar uma opinião, mas não sei nada sobre assunto'. E eu detesto falar coisas que não sei, prefiro ficar calada. E aí na quarentena com essa coisa de estar mais em casa, de ter mais tempo, foi uma boa oportunidade de aprender e compartilhar esse aprendizado."
No início de maio, Anitta discutiu com o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) em live no seu Instagram, na qual debateu uma emenda que diminuiria os repasses de direitos autorais a compositores durante a pandemia do coronavírus no Brasil. Pressionado por ela e por outros artistas, o parlamentar desistiu de sua proposta à Medida Provisória 948. A carioca foi bastante elogiada nas redes sociais por sua interferência na situação.
Ela também bateu boca com o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) pelo Twitter, quando o político fez piada com os chamados “anittaminions”: a cantora o cobrou sobre o chamado “projeto de lei da grilagem”.
"Fiquei muito feliz que consegui mudar dois destinos de duas situações que aconteceriam na lei brasileira nesse momento de covid, em que as pessoas estavam se aproveitando, literalmente, do momento para aplicar certas mudanças nas nossas leis. Me senti muito surpresa, honrada, feliz e assustada de ter conseguido mudar o rumo de duas situações: uma com direitos autorais dos músicos, outra com uma questão da Floresta Amazônica. Acho que tenho que continuar nessa missão."