O Ministério Público do Espírito Santo denunciou Sara Winter por expor menina de 10 anos após ser estuprada pelo tio. A bolsonarista teve acesso, "de forma ilegal, a detalhes do caso de uma criança vítima de violência sexual que corre em segredo de justiça".
Por danos morais, o MPES pede que a militante pague R$ 1,3 milhão ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Mateus, no Espírito Santo.
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No último domingo (16), Winter publicou a identidade da criança nas redes sociais. Além dos dados pessoais, também revelou o hospital em que seria feito o aborto, em Recife. Por causa disso, pessoas protestaram tentando impedir o procedimento.
De acordo com o promotor Fagner Cristian Andrade Rodrigues, autor da ação, a extremista "expôs a criança e sua família, em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente, conclamando seguidores a se manifestarem". Ou seja, "demonstrou descompromisso com o respeito à Constituição Federal" ao tornar público dados que são sigilosos.
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Ele também afirma que atitude de Winter está incluída "dentro de uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição de uma criança de apenas 10 anos de idade".
Como resultado da conduta inaceitável, brasileiros denunciaram o Instagram da militante, que acabou sendo banida na noite de segunda. No dia seguinte, o Youtube informou que deletou o canal de Sara por violar os termos de serviço da plataforma.
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