Na noite de segunda-feira (17), a militante Sara Winter teve seu perfil banido do Instagram. Feito ocorreu após ela publicar os dados pessoais da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio.
Além de revelar a identidade da jovem, a bolsonarista divulgou o endereço do hospital em que seria realizado o aborto. Posteriormente, religiosos cercaram a unidade médica aos gritos de "assassinos", "Globo lixo" e "preservem a vida".
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A atitude de Sara Winter causou revolta na população, publicação contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente. Internautas denunciaram seu perfil com intuito de ser derrubado pela plataforma. Como resultado, conseguiram. No Twitter, seu user consta como inativo, mas apenas foi bloqueado no Brasil devido a uma "demanda legal".
O PSOL protocolou uma representação na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e no Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), pedindo uma investigação de como Winter teve acesso aos dados sigilosos.
O suspeito de engravidar a criança foi preso na madrugada desta terça-feira (18), em Betim, Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, o homem foi localizado no estado mineiro e não reagiu à prisão. Ele já havia sido preso entre 2011 e 2018 por tráfico de drogas.
A menina era estuprada desde os 6 anos de idade. Gravidez só foi descoberta no dia 7 de agosto, quando precisou ir a um hospital com dores abdominais.
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