O cidadão Paulo Abrão foi destituído do cargo de secretário-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), depois de ser reeleito por unanimidade. Sendo o segundo integrante do Brasil a ser afastado deste cargo no órgão.
Segundo o site Metrópoles, a decisão foi tomada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), em meio a uma divisão, que veio a público nesta semana pela BBC News.
A iniciativa surgiu sob intensa centralização na organização, e às vésperas da divulgação de um relatório elaborado sobre violência policial, atuação de milícias, ataques a minorias e retrocessos democráticos no Brasil.
Consta na investigação os dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, cobrindo denúncias desde novembro de 2018, quando membros da comissão visitaram o país, até a data de publicação, prevista para ocorrer no fim de setembro de 2020.
Afastamento
Em maio de 2018, a CIDH aceitou pedido de afastamento feito pelo ex-juiz brasiliense Roberto Figueiredo Caldas. À época, ele era investigado por agressão à ex-mulher e assédio sexual contra duas babás dos filhos do casal.
Com isso, Caldas não faz mais parte do órgão internacional. Pois diante das graves denúncias, a Corte decidiu dispensá-lo do órgão definitivamente.