O indigenista Rieli Franciscato, 56, morreu ontem (9) após ser atingido por uma flecha no tórax lançada por índios isolados, na região da Linha 6, em Seringueiras, Rondônia. As informações foram publicadas pelo G1 e são da Polícia Civil e da Associação Etnoambiental Kanindé.
Conforme a associação, essa população indígena não consegue distinguir defensores de inimigos. A Kanindé enfatiza que o território "está sendo invadido e os índios estão tentando sobreviver".
A ambientalista e coordenadora da Associação, Ivaneide Bandeira, lamentou o ocorrido. "Ele fundou a Kanindé junto comigo. É uma perda enorme aos indígenas e ao Brasil. A vida toda ele trabalhou com indígenas isolados", disse ao G1.
De acordo com a reportagem, o indigenista trabalhava na Fundação Nacional do Índio (Funai) desde 2007. No entanto, há sete anos era coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Uru-Eu-Wau-Wau (FPEUEWW).
Segundo a publicação, ele era referência em proteção aos indígenas da Amazônia. Defendia a não proximidade com o grupo e trabalhava para evitar conflitos com os índios do local. Além disso, foi membro do grupo que demarcou a primeira área exclusiva para índios isolados, conforme a reportagem.