O Ministério Público de São Paulo realizou, na manhã desta segunda-feira (14), uma operação contra o PCC - facção que atua dentro e fora dos presídios do país. As informações são do portal G1 de notícias.
Na ação, que foi deflagrada em 2018, 12 mandados de prisão são cumpridos para suspeitos que estão nas ruas e 40 mandados de busca e apreensão. Todos no estado de São Paulo.
Segundo o MP, o objetivo é a prisão dos atuais comandantes da facção, depois que os principais chefes foram transferidos para presídios federais, em fevereiro de 2019. Investigadores apontam que o atual comando seria composto por 21 pessoas, os quais foram identificados vivendo na Bolívia, no Paraguai e até na África.
A operação também atua à prisão dos homens que teriam sido encarregados por Marcola, para executar Gakyia - promotor responsável pelo pedido de transferência dos chefes do PCC para presídios federais no ano passado. Em agosto deste ano, Marcola se tornou réu pela acusação de dar ordem para matar o promotor de Justiça e o chefe de presídios paulistas em 2018.
Na semana passada, o Departamento Penitenciário Nacional voltou a encaminhar um relatório de inteligência ao MP paulista dizendo que Marcola insiste no plano de assassinar Gakyia. Ele teria ameaçado matar os criminosos que não conseguissem cumprir essa ordem.
Ademais, a operação tenta desarticular um esquema de lavagem de dinheiro feito através de transferências internacionais de modo informal. De acordo com o MP, planilhas apreendidas pelos investigadores apontam que a facção movimenta cerca de R$ 100 milhões por ano, principalmente com tráfico de drogas e arrecadação de valores de seus integrantes.