O Centro de Convivência Sol Nascente foi fechado pela Justiça em agosto deste ano, após o início das investigações feitas pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) em que denunciou, nesta quarta-feira (14), a dona do abrigo que fica na cidade de Taquaraçu de Minas, por maus-tratos e tortura.
Além de idosos sem históricos de doenças, o Centro de Convivência Sol Nascente, também abrigava internos que sofriam com Alzheimer e Parkison, além de pessoas com problemas psiquiátricos. O que levou o MP à dois internos com dependência química, que foram apontados como ajudantes de agressão à um homem de 51 anos, também sendo denunciados por tortura.
A investigação da denúncia se deu após relatos dos próprios internos. No período de maio à junho de 2020 foram relatados episódios como:
• Caso de uma idosa com problemas psiquiátricos agredida com tapas, sendo impedida de deitar na cama durante o dia pela dona do abrigo;
• Idosos de 80 e 85 anos, ambos com Alzheimer e Parkinson, teriam sido amarrados na cama durante a noite, com roupas e fraudas sujas sem supervisão dos cuidadores;
• Interno de 30 anos, com dependência química, golpeado nas costas com cabo de rodo pela dona do abrigo, enquanto auxiliava em banho de outros abrigados;
• Há relatos também de outro interno, de 74 anos, que levou tapas no rosto e, ao cair no chão, foi atingido pelo andador da proprietária da instituição.
• Idoso de 91 anos, diagnosticado com tumor na área do ouvido teve parte de sua orelha cortada pela dona do abrigo. A mesma teria jogado água sanitária para sanar o ferimento, que não teria sido feita de forma correta.
Segundo o Ministério Público, o companheiro da dona do abrigo também já havia sido denunciado. Uma ordem judicial de 2018 constava um pedido de afastamento do homem, que também já havia sido denunciado por maus-tratos, desobedecendo a ordem.
Fora feito uma denúncia em relação à desobediência judicial e a mulher vai responder por ter permitido que seu companheiro, ex-administrador do asilo, comparecesse ao local.