Nesta terça-feira (27), O Hospital Federal Bonsucesso, no Rio de Janeiro passou por horas de desespero. Após começar o incêndio no Prédio 1 do Hopital, pacientes foram transferidos e uma mulher faleceu nessa trajetoria.
A paciente estava em estado gravíssimo de Covid-19, revelou o diretor assistencial do Hospital, Carlos Cesar Assef. A mulher chegou a ser removida do local, porém não resistiu.
No ano passado, um relatório da Defensoria Pública da União (DPU), avisou sobre problemas na estrutura de combate a incêndio no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi controlado em duas horas. O acidente começou por volta das 9h40.
Lauro Botto, porta-voz da corporação afirmou que por volta das 13h20, "o Prédio 1 estava todo comprometido com chamas e fumaça", relatou o porta-voz. Durante esse período ainda havia fumaça preta dentro do hospital.
Ainda não se sabe o que causou o incêndio. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, cerca de duas mil pessoas transitam pelo local.
Transferência de pacientes
Aproximadamente 200 pacientes foram transferidos de suas instalações, inclusive a mulher que não resistiu.
Dentre eles estão: pacientes com Covid-19, entubados ou que passavam por algum tratamento. A ala de UTI neonatal e maternidade também foi removida do local. Além de pacientes recém transplantados.
Cerca de 30 enfermos foram deslocados para hospitais de rede publica, como o Hospital Municial Souza Aguiar e Hospital Municipal Evandro Freire. Outros 200 doentes foram levados para lugares dentro do próprio território da unidade e ficaram em baixo de árvores. Alguns pacientes foram carregados para Rio Paiva Pneus, oficina que fica ao lado do complexo.
Corpo de Bombeiros
Leandro Monteiro, comandante-geral da corporação afirmou que o hospital não possuía certificação do Corpo de Bombeiros. O comandante revelou "O hospital sofreu duas notificações, depois o procedimento e dois autos de infração. E agora estamos em um processo de interdição", disse Monteiro.
"Estamos trabalhando em conjunto para que esse processo não seja finalizado. É humanamente impossível interditar um hospital com 400 leitos", declarou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros.