Mesmo o presidente Jair Bolsonaro tendo colocado os caminhoneiros no grupo prioritário da vacinação, a classe não cedeu e vai manter a greve. Deste modo, a paralisação deve seguir para o dia 1º de fevereiro, e a principal reivindicação é o valor dos combustíveis.
Por outro lado, o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, Plínio Dias, afirmou que o governo Bolsonaro não deu qualquer retorno sobre a revisão da tabela de preços da Petrobrás. Mesmo o presidente tentando amenizar o descontentamento dos profissionais com a redução da tarifa de pneus de 16% para zero, a medida não foi amplamente aceita. Um dos motivos foi também o alto valor da manutenção dos veículos, que perde apenas para o valor do diesel.
No entanto, em entrevista ao iG Economia, o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, a paralisação deste ano pode ser maior que a de 2018.
"A pandemia nunca foi problema. A categoria trabalhou para cima e para baixo durante a pandemia. Muitos caminhoneiros ficaram com fome na estrada com os restaurantes fechados, mas nunca parou. O diesel é o principal ponto, porque o sócio majoritário do transporte nacional rodoviário é o combustível (50% a 60% do valor da viagem). Queremos uma mudança na política de preço", afirmou Stringasci ao iG Economia.