O servidor do Supremo Tribunal Federal (STF) Rodrigo Bresler Antonello, foi identificado como o responsável pela organização da festa que tinha previsão de durar quatro dias em um hotel-fazenda no Gama. Ele trabalha como analista judiciário da Coordenadoria de Processos Criminais da Corte e já esteve envolvido em outros problemas com a Justiça. O evento chegou a contar com cerca de 300 pessoas no segundo dia de comemoração.
A festa clandestina, nomeada de Brave Party, foi anunciada por meio das redes sociais em setembro, mas o organizador promoveu o evento até pouco antes do início, no dia 31 de dezembro. O evento parou de ser divulgado após a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fecharem o hotel. A intervenção foi feita no segundo dia de comemoração, em que no local haviam cerca de 300 pessoas.
Apesar de não haver mais divulgação da Brave Party, em uma conversa de WhatsApp, Rodrigo comanda uma mensagem dando a entender que a festa clandetina teve continuidade, mesmo após a interdição. Segundo informações do Metrópoles, testemunhas disseram que o evento ocorreu em uma chácara de Brazlândia.
De acordo com a Secretaria DF Legal, foram feitas averiguações do cumprimento das medidas no local da interdição por duas vezes, à tarde e à noite, ainda no sábado (2/1). “A pasta constatou, nas duas oportunidades, que todo o equipamento de som, conforme determinado pela fiscalização, ainda na sexta-feira (1°), foi desmontado ficando apenas a estrutura de palco, por necessitar de mão de obra especializada para que fosse desmontada sem colocar em risco à segurança dos presentes.”
Ainda informou que “um banner com a propaganda do evento foi removido e a direção do hotel alertada para que não usasse qualquer tipo de som, ainda que automotivo”.
Mandado de busca e apreensão em 2002
O servidor público também já havia sido alvo de busca e apreensão em 2002, por meio de um mandado cumprido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em que ao chegarem ao imóvel de Rodrigo, os agentes encontraram um carro que tinha sido locado na empresa Hertz, há quatro anos, e nunca devolvido.
Em depoimento para a polícia, Rodrigo justificou que veículo foi locado por Leone Albuquerque, com quem ele manteve um relacionamento entre 2015 e 2016, e não mantém mais vínculo. Segundo ele, Leone pediu para que o veículo ficasse em sua casa após ter ido morar em São Paulo, já que Leone tentou devolver o automóvel à empresa, mas não obteve sucesso.
Rodrigo alegou que não mantém contato com o ex-companheiro mas que “não acredita que Leone se apropriou do veículo de maneira ilícita”. “Tanto é que o carro está parado tem muito tempo”, disse o servidor público no depoimento. Já, o supervisor da locadora de veículos Hertz informou no boletim de ocorrência que um Ford Ka Branco teria sido apropriado indevidamente por um cliente.