A nova variante do coronavírus identificada em Goiás, não é mais transmissível ou grave que as outras detectadas no estado. De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde , Flúvia Amorim, a variante chamada P2, já estava presente no Brasil. No entanto, não há registros que ela seja mais transmissível, e que haja aumento nos casos de Covid-19.
A P2 foi identificada em uma moradora de Ceres, região central do estado. A mesma é o primeiro caso de reinfecção confirmada no estado. A paciente já está se recuperando dessa segunda contaminação. Fúlvia alerta sobre a possível segunda contaminação para quem já adquiriu o Covid-19:
“Pelos levantamentos feitos pelo Brasil, ela não é uma linhagem que é mais transmissível ou que causa formas mais graves. O que serve de alerta para todos nós é que, mesmo quem já teve a doença, ela pode ter uma segunda vez”, disse.
Flúvia explicou também que a nova variante, descoberta na segunda feira (8), é diferente das encontrada em Manaus, Reino Unido e África. Ela já havia sido identificada em todas as regiões do Brasil, porém, ainda não tinha sido identificada em Goiás.
Contudo, no relatório realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, ficou confirmado que do ponto de vista laboratorial, a reinfecção em Goiás se trata de variações distintas em amostras do mesmo paciente.
Por fim, a superintendente afirmou a necessidade das pessoas continuarem mantendo as rotinas de higienização para a prevenção da doença. Aqueles que já contraíram o coronavírus, continuar usando as mascaras afim de realizar as medidas de biossegurança.
Sobre a vacinação
Hoje já existem cinco variantes identificadas no estado, desde o inicio da pandemia. Flúvia explicou que as vacinas desenvolvidas também protegem contra essa nova variação. Entretanto, o G1 tentou contato com a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), afim de saber se as vacinas aprovadas protegem contra todas as variantes que circulam atualmente.
Goiás já recebeu ao todo 356 mil doses de vacinas contra a Covid-19. Já foram imunizados os profissionais da saúde e idosos que moram em instituições de longa permanência. O intuito agora é a vacinação de idosos com mais de 85 anos.