A piloto Bia Figueiredo, que foi afastada da Stock Car em sua reta final de gravidez, por se envolver em um escândalo de corrupção relacionado à saúde do Rio de Janeiro, retorna as redes sociais com o proposito de esclarecer que sua vida virou de cabeça para baixo do dia para a noite de maneira injusta.
Bia Figueiredo, 35 anos, volta as suas redes sociais em especial o Instagram após um intervalo de oito meses, explicando sobre o caso que envolveu seu marido, Fabio Figueiredo Andrade de Souza, e seu sogro, Juracy Batista de Souza Filho, ambos presos, acusados de desvio de cerca de R$ 9 milhões dos cofres públicos do Rio de Janeiro em junho de 2020.
Em sua defesa Bia figueiredo se pronuncia:
“Estou aqui de volta depois de muito tempo. Queria começar agradecendo a todas as mensagens de carinho e apoio que eu recebi nesse período. Tive um problema pessoal grave, que se estendeu para a área profissional e fui injustiçada. Eu vi minha vida virada de ponta-cabeça de um dia para o outro. Minha carreira, patrocinadores, empresas gigantescas que me apoiavam há mais de década, foram expostos de maneira completamente injusta e criminosa, assim como minha festa de casamento, amigos e parentes, que também foram expostos de maneira irresponsável e criminosa”.
Ela destacou que sempre se dedicou ao seu trabalho desde os oito anos de idade, foi a primeira mulher a vencer uma corrida da Indy Lights, é a única a vencer uma etapa na Fórmula Renault, além de ser a única brasileira que esteve no grid da Fórmula Indy, esperava um julgamento justo de todos da família que atuam na área da saúde, desejando que todos provem inocência.
Com a repercussão do caso e logo depois da exibição da reportagem na TV, a Ipiranga anunciou que suspendeu o contrato de patrocínio da piloto "até que os fatos sejam esclarecidos". A empresa de postos de combustível sempre esteve por trás da carreira de Bia, bancando, por exemplo, sua carreira na Indy. Após o nome aparecer em caso de fraude milionária na Saúde do Rio de Janeiro, Audi foi a segunda marca entre as que apoiavam Bia Figueiredo a anunciar o fim da parceria com a piloto.
Bia em seu vídeo publicado no Instagram aproveitou para acentuar que sempre pautou sua carreira com integridade, reputação e independência.
“Vocês que me acompanham há anos, sabem que em toda minha vida eu não tive um deslize sequer. Tudo o que eu fiz foi para o bem. Seja na relação com os meus patrocinadores, que eu procurei ser muito profissional, seja na minha empresa, que eu sempre busquei assessoria jurídica e contábil para fazer tudo dentro da lei, seja com meus fãs e até com a imprensa, que eu sempre tive um ótimo relacionamento, e aproveito até para agradecer a todos os veículos que foram imparciais e que questionaram os fatos expostos.”
Conforme apontou as investigações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, ela foi citada porque a festa do seu casamento com Fabio, realizada em 2016, teria sido bancada com o dinheiro oriundo das irregularidades.
No vídeo, que está disponível no Instagram de Bia Figueiredo, ela se defende dizendo que até ameaças de morte recebeu, não apenas endereçadas a ela mas também a familiares e até ao seu bebê, hoje com seis meses.
“Recebi ameaças de morte, para mim, para minha família e até para o meu bebê. Sendo que eu nem faço parte desse processo eu nunca tive qualquer contato ou atuação na área da saúde. É uma área que eu desconheço por completo. Isso tudo eu estava entrando no nono mês de gravidez", afirma Bia no vídeo publicado em seu Instagram.
Após todo o alvoroço, Bia Figueiredo se diz pronta para recomeçar a carreira, ela não tem contrato para nenhuma categoria, mas está aberta a retornar às pistas. Ela ainda é a primeira e única brasileira a pilotar um carro de Fórmula Indy. Sua última atividade como piloto ocorreu na Stock Car, até 2020, quando se afastou da velocidade para cuidar da gravidez.
Operação pagão em 2020: Conheça o caso
A operação Pagão foi realizada em 2020 pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), cumpriu sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão expedidos contra 12 denunciados por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
Os denunciados são integrantes da organização social de saúde Instituto dos Lagos Rio e são acusados de desviar mais de R$ 9 milhões dos cofres públicos estaduais. O caso envolveu o nome de Bia Figueiredo.
Segundo a denúncia, o Instituto dos Lagos Rio, que tem como responsáveis Juracy Batista e o filho, Fábio Souza, respectivamente sogro e marido de Bia, tiveram empenhados em seu favor R$ 649 milhões entre os anos de 2012 e 2019, para a gestão de unidades de saúde do estado do Rio de Janeiro, “tendo comprovadamente desviado parte substancial dos valores”. A denúncia demonstra, ainda, que “a organização social sequer dispunha de aptidão para assinar contratos de gestão com o Estado, mas forjou sua capacitação técnica graças a obtenção de atestados técnicos falsos”.
Segundo a investigação Juracy e Fábio, tiveram papel central no comando da operação criminosa.
*Com informações do Metrópoles, Uol e Lance!
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