O Brasil é o país com mais registros de mortes por Covid-19 no mundo, o que reforça a condição de epicentro da pandemia. Nesta sexta-feira (19) duas semanas como o país com mais mortes diárias por Covid-19 no mundo, apontam dados do Our World in Data.
O país ultrapassou os Estados Unidos na sexta-feira (5), quando registrou 1.800 novos óbitos (contra 1.763 dos EUA). Desde então, a diferença só aumentou.
Com o agravamento da pandemia no Brasil, desde terça-feira (16) o país também registra mais mortes diárias por Covid-19 do que a União Europeia inteira e também a América do Norte.
Em número de infectados, o Brasil se tornou também na terça o país com mais casos diários no mundo (83.926, contra 53.579 dos EUA), segundo o Our World in Data, que é ligado à Universidade de Oxford.
As medidas de restrição não surtiram efeito? Conscientizar!
As medidas mais drásticas para conter o avanço da pandemia da Covid-19 não estão surtindo muito efeito, mesmo com o fechamento do comércio considerado não essencial, há registros de aglomerações e aumento de mortes e casos positivos para a doença.
De qualquer modo, a recomendação é para que, se puder, a população fique em casa. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Durval Pedroso, reforça que a população de maneira geral precisa entender que estamos frente a uma doença de transmissão altamente infecciosa, porém acreditava-se que ela atingiria somente os pulmões, mas não é. "Ela é, na verdade, uma doença inflamatória imunológica".
A única maneira de lidar com esse tipo de doença é com a prevenção da infecção, diz ele. “No caso da Covid-19, a prevenção pode ser feita de duas formas: a primeira é a prevenção primária com vacina, que é o item fundamental para proteger a população, e a segunda é conter a disseminação da doença usando máscaras, higienizando as mãos frequentemente e restringindo as aglomerações”, explicou
Vem o grande dilema: “Pessoas vivendo sem ânimo”
O professor da Furg e líder da pesquisa, Samuel de Carvalho Dumith, afirma que os dados levantados trazem à tona um dilema: as complicações causadas pela Covid-19 têm levado milhões de pessoas a óbito, por razões de cunho biológico (deterioração da saúde ‘física’).
Porém, o que tem debilitado a saúde mental da população não é a doença propriamente dita, mas as medidas impostas para conter a proliferação do vírus, como o distanciamento social.
Sobre a vacinação
Em São Paulo, levantamento da Secretaria de Saúde de Ourinhos, divulgado no último dia 8, mostrou que dos 1.049 idosos que receberam a primeira dose, 276 (26,3%) não compareceram para a segunda aplicação.
O prefeito Lucas Pocay (PSD) usou as redes sociais para alertar sobre a situação. “No balanço, é possível observar que mais de um quarto dos idosos não retornaram para a segunda dose da vacina. É importante salientar que sem a segunda dose, a eficácia na imunização contra a covid-19 não atingirá as porcentagens recomendadas pelos laboratórios fabricantes”, advertiu.
Em meio a uma vacinação lenta contra a Covid-19 o brasil enfrenta hospitais no limite. O Brasil tem aplicado uma média de 357 mil doses por dia e, na atual velocidade de vacinação, deve imunizar 75% da população daqui a 2,3 anos, segundo a Bloomberg.
Ranking proporcional
No ranking proporcional, o Brasil é o 7º com mais mortes diárias na última semana (9,8 óbitos a cada 1 milhão de habitantes), atrás apenas de países da Europa Central e dos Bálcãs.
Lideram o ranking:
República Tcheca (19,9),
Hungria (16,7),
Eslováquia (14,9),
Bulgária (14,8),
Montenegro (14,7),
Bósnia e Herzegovina (13,8).
Na quinta-feira (18), o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Klugee, alertou que os novos casos, hospitalizações e mortes na Europa Central e nos Bálcãs estão entre os maiores do mundo.
*Com informações do G1 e ND mais
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