Nesta quarta-feira (17), motoristas de aplicativo e motoboys que atuam no sistema de delivery foram às ruas de Cuiabá novamente, protestar contra o aumento do combustível e taxas das plataformas em Cuiabá. A manifestação ocorreu em frente à Praça das Bandeiras, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).
Conforme explicou a presidente do Sindicato de Motoristas de APP de Mato Grosso (Sindmapp-MT), Solange Menacho, profissionais estão insatisfeitos com o valor pago pela gasolina e o álcool.
A Petrobrás anunciou o 6º reajuste do ano no preço dos combustíveis. Na terça-feira (09), a empresa apontou que o aumento da gasolina será de 8,8%, enquanto do diesel será de 5,5%.
Esses reajustes acabaram impactando toda a cadeia de suprimentos, o que também fez o preço do etanol disparar. Hoje, o litro do álcool combustível é comercializado a R$ 4,19 nos postos de Cuiabá.
Em nota, a Petrobras afirma que os reajustes nos preços dos combustíveis são devidos à alta do dólar e à valorização do petróleo no mercado internacional. A estatal explica que o valor dos combustíveis é atrelado ao mercado internacional, o que força a ocorrência de reajustes.
“Não está sendo viável. Hoje o motorista de aplicativo se ele fizer R$ 100, R$ 60 é de combustível. Hoje não é mais viável exercer a profissão. Nós que continuamos estamos por amor, por garra e por luta. Queremos que outros parceiros possam retornar a ser motoristas novamente”, pontuou.
Um a das reivindicações é para que o governador Mauro Mendes (DEM) abaixe os tributos que incidem no preço do combustível. Presidente Solange argumentou que, caso exigências não sejam atendidas, motoristas estão prontos para “parar Cuiabá” a partir da próxima semana.
“Se até sexta-feira não tivermos uma resposta, a partir de sábado estaremos fechando as entradas de Cuiabá. Os caminhoneiros também estão adotando ao nosso movimento. A ideia é começar a trancar as rodovias e vamos com os caminhoneiros fechar todas as 4 entradas de Cuiabá”, finalizou.
Eles estão insatisfeitos com a taxa do preço das corridas cobrada pelas organizações. Na semana passada a categoria fez outro protesto na capital.
De acordo com a AMA-MT, em 2020 já foi organizada uma reunião com o governo estadual e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no entanto, por conta da pandemia, essas discussões foram adiadas.
“A plataforma abaixa o preço das corridas e tira [o lucro] do motorista, não é isso que queremos. A outra questão é o preço do combustível. Já orientamos nossos associados a fazerem a conversão para o gás natural e estamos tendo resultados satisfatórios”, disse Cleber Cardoso, presidente da AMA-MT.
Conforme noticiou o site RD News, ao menos 4 mil motoristas deixaram a profissão na região metropolitana de Cuiabá durante a pandemia do novo coronavírus. Estimativa é da Associação de Motoristas de Aplicativos (AMA). Montante, contudo, não considera os desistentes pela alta do preço do combustível.
*Com informações do G1, Estadão Mato Grosso e RDNEWS
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