Nesta quarta-feira (10), São Paulo, teve a maior média móvel de mortes de toda a pandemia, com aumento de 34%. A capital paulista chegou a marca de 19.300 mortes por Covid-19.
Nesta quarta-feira (11), o Secretário Municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, defendeu regras mais rígidas para conter a pandemia.
"Não temos saída a não ser avançar nas medidas de restrição. Não há outra alternativa", disse o secretário em entrevista ao Bom Dia São Paulo.
O estado de São Paulo, está na fase vermelha desde o dia 6 de março, onde apenas os serviços essenciais, além de escolas e atividades religiosas, estão autorizadas à operar.
Edson defendeu a necessidade de endurecimento da fase vermelha, para reduzir a circulação de pessoas nas ruas e, conter o avanço do coronavírus.
Expectativa era de que nesta quarta-feira (10), fossem divulgadaspelo governo, restrições mais rígidas para o funcionamento dos setores autorizados.
Porém, a gestão de João Doria, alegou que ainda avalia os dados e o anúncio deve ser feito até a sexta-feira (12).
A taxa média de ocupação dos leitos de UTI, também foi a maior de toda a pandemia, com 83% de ocupação em todo estado.
O número de pacientes internados chegou à 20,8 mil e vem batendo recordes todos os dias, desde 27 de fevereiro.
De acordo com o secretário, a prefeitura inaugurou o Hospital Cantareira, na zona norte, alugou mais 50 respiradores para abertura de novos leitos de UTI no Hospital Palheiros, na zona sul, é vai começar a transferir pacientes diagnosticados com outras doenças para leitos alugados, na rede particular.
"Todo esse esforço é absolutamente insuficiente se as pessoas não perceberem que estamos em um momento trágico, dramático, precisam circular menos na cidade para que o vírus não se dissemine com a velocidade que está se disseminando e para que a gente consiga tratar as pessoas que precisam ser tratadas", afirmou o secretário.
Subiu para 38, o número de mortes de pacientes com Covid-19, na fila de espera por leitos de UTI, no estado de São Paulo, de acordo com levantamento feito pelo G1 e a TV Globo, nesta quarta-feira.
A secretaria da Saúde, informou que não negou leitos de UTI, e que as transferências não ocorreram por indisponibilidade de vagas, ou porque os pacientes não puderam ser removidos com segurança, devido ao quadro de saúde instável.